Notibras

Joia rara escapa de tragédia e vira presente para esposa de bombeiro

A história humana é notoriamente marcada por desastres que causaram grandes perdas e sofrimento, tais como o grande incêndio de Roma, o grande incêndio de Londres, entre outros. Todavia, nenhum registrou tanta destruição (antes e depois do ocorrido) quanto o grande incêndio de Onomatopeia, que era localizada ao norte de Istambul, na Turquia.

Tudo começou quando um bem-intencionado homem, chamado Süleyman, decidiu fazer uma surpresa para sua esposa Adalet, adquirindo um porta-joias em uma casa de penhores. Aguardando o momento oportuno, o desavisado consorte escondeu o mimo entre seus pertences, sem imaginar que sua zelosa esposa o encontraria, ao acaso, por ocasião da arrumação da casa.

Ao inspecionar detalhadamente (coisa que somente as mulheres fazem) o objeto, Adalet encontrou um fiu-fiu usado e foi levada a concluir que o desafortunado Süleyman havia feito uso dele com alguma sirigaita na rua, já que há muito tempo ela não recebia um desses.

Dominada pelo ciúme e pelo desejo de vingança, Adalet gastou todos os plim- plins do “Don Juan” e jogou as roupas dele no meio da rua. Ao chegar em casa e se deparar com tal cena, o marido pegou um cabong (porrete rudimentar), com o qual bateu na cabeça da esposa.

Esta, por sua vez, deixou de lado o blá-blá-blá que usava para mexer o ensopado e chutou o tique-taque que Süleyman tinha herdado de seu pai, escangalhando o ponteiro das horas e fazendo ecoar uma enorme badalada.

Horrorizado, o homem saiu porta afora, empreendendo desabalada fuga, enquanto Adalet seguia em seu encalço tentando atingi-lo com o blá-blá-blá, que havia pegado novamente.

Nesse exato momento, o motorista de um vrum-vrum que passava, se distraiu olhando a cena e perdeu o controle, invadindo um restaurante e explodindo um enorme ca-bum, que ficava bem no meio da cozinha, dando início ao incêndio.

O estrondoso acidente provocou o estouro de uma manada de muus, que estava confinada em um abatedouro próximo. Estes engataram marcha acelerada em direção ao quartel da cidade, derrubando seus portões e obrigando a sentinela a acionar a uiu-uiu. Enquanto os soldados abandonavam seus alojamentos, o cozinheiro do restaurante surgiu pela rua gritando – Fogo! Fogo! Foi o que bastou para a soldadesca começar a atirar em tudo o que via, com seus bangue- bangues, ra-ta-tás e alguns booms. Na confusão, o depósito de munições foi atingido e o caos se instaurou por completo.

Enquanto esses eventos se sucediam, o ensopado que Adalet deixara ao fogo, secou, e as chamas se alastraram pela casa. A horda de muus, que continuava em pânico pela cidade, destruiu a prefeitura, invadiu o hospital e derrubou as paredes da delegacia de polícia. Os bombeiros, atordoados, não sabiam se debelavam os focos de incêndio, acudiam as pessoas desmaiadas pelas ruas ou se protegiam dos bangue-bangues e ra-ta-tás dos soldados, que agora digladiavam entre si no meio da rua.

A incansável Adalet estava prestes a alcançar o esgotado Süleyman, próximo à saída da cidade, quando resolveu olhar para trás e foi atingida por um fiiiu-boom vindo do depósito de munições, virando uma estátua de sal.

De Süleyman nunca mais se ouviu falar. Alguns dizem até que trocou de nome.

Após tudo isso, a cidade de Onomatopéia começou lentamente a ser reconstruída. Porém, o bombeiro Ahmed encontrou, entre os destroços deixados pelo incêndio, um porta-joias incrivelmente intacto e resolveu presentear sua esposa…

Sair da versão mobile