Curta nossa página


Ode à preguiça

Jorge Amado e a desculpa para dar uma parada no livro

Publicado

Autor/Imagem:


José Escarlate

Certa manhã, caminhando na praia em Copacabana, na altura do posto 6, ensaiei uma entrevista com o escritor baiano Jorge Amado, que eu sabia ser comunista convicto. Vivíamos anos de chumbo.

Dolente, preguiçoso, ele contou que já havia preparado alguma coisa para o seu novo livro, mas sem adiantar detalhes.

Deitado em uma cadeira de praia, próxima ao mar, ele confessou com muita tranquilidade:

“É difícil, moço, trabalhar aqui. O clima quente, o sossego, a comida boa e essa gente alegre, tudo convida à preguiça”. E acrescentou: “É difícil enfrentar a máquina de escrever, com tudo isso em volta”.

PV

Comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.