A direita nativa está em guerra também nos meios jornalísticos. Na semana passada, William Waack, que foi da TV Globo e hoje está na CNN-Brasil, chamou os bolsonaristas de “fanáticos imbecilizados”. De imediato, Rodrigo Constantino, o ex-pateta da revista Veja e atual jagunço da rádio Jovem Pan, saiu em defesa dos seguidores do presidente fascista.
Em artigo publicado na quinta-feira (26) no Estadão, William Waack afirmou que a saúde mental de Jair Bolsonaro é “para lá de preocupante” e que seus apoiadores são “fanáticos imbecilizados em redes sociais que não sabem até agora muito bem onde está o ‘palácio de inverno’ a ser tomado e ocupado. Eles são contra um monte de coisas, mas ainda aguardam uma ordem específica do ‘mito’ sobre em qual direção marchar e qual inimigo precisam aniquilar”.
Babando ódio, os bolsonaristas reagiram nas redes sociais. Um deles foi o jagunço da rádio Ku Klux Pan. “O jornalista com inclinação racista chamou qualquer apoiador do governo (ou crítico do STF, por tabela) de ‘fanáticos imbecilizados’. Isso não é crítica, mas ofensa. Quem com ferro fere…”, reagiu Rodrigo Constantino, lembrando a cena de racismo que custou a demissão da William Waack da TV Globo em 2017.
O âncora da CNN preferiu não responder à provocação do colega de profissão. Talvez por saber que Rodrigo Constantino adora um “ambiente tóxico” – conforme definição da jornalista Amanda Klein. No início de julho passado, ela anunciou a sua saída do programa “3 em 1”, da Jovem Pan, exatamente em decorrência de atritos com o miliciano bolsonarista.
Pelo Twitter, ela explicou: “Pedi pra sair do ‘3 em 1’. Em ambiente tóxico e com ataques pessoais não se faz jornalismo. E eu sou jornalista. Continuo na JP no ‘Jornal da Manhã’ e em outros programas. Conto com vocês”.
O anúncio ocorreu um dia após um embate com o homofóbico Rodrigo Constantino ao vivo durante o programa ao tratar de casamento gay.
Após o anúncio da saída, o arrogante jagunço ainda festejou também pelo Twitter: “É sempre a mesma coisa: desmascaro o ‘esquerdista’ disfarçado de jornalista, que vem sem argumentos e só com narrativas fajutas e uma agenda, eles me atacam, depois bancam a vítima e pedem para sair. Virou rotina”.
De fato, os bolsonaristas são “fanáticos imbecilizados”.