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‘Jovem deve votar, renovar e garantir seu futuro em Brasília’

Foto/Divulgação

De um lado pesquisas sérias revelam que 63% dos jovens brasileiros desejam buscar uma vida melhor fora do país; de outro, jovens, em carne e osso, com olhos visivelmente tristes, como João Paulo, técnico em eletrônica, confidenciando: “Estou tentando ir embora. Aqui em Brasília não tem nada para o meu futuro. Parece que a economia da cidade parou. Eu estou procurando algo em Portugal ou Austrália. Um lugar onde eu possa desenvolver minha profissão. Aqui não tenho futuro.” E acrescentou: “Quero viver em uma cidade séria.”

O vazio político em que Brasília vive, de fato, mostra a urgência que a cidade possui de lideranças políticas à altura do DF. Deixou de ser não só a cidade que todos merecem, como bradam alguns, mas até mesmo do presente, onde os jovens sentem que muitos dos que os governam pensam mais em como manter seus privilégios e perpetuar-se no poder do que ouvir o que a sociedade pede e o que rejeita. Talvez seja isso, inclusive, o que o jovem João Paulo entende por uma cidade que não é séria.

Em registros na internet, avaliando os comentários das pessoas, é fácil perceber que a sociedade encara que neste momento, por exemplo, quase nenhum dos candidatos às próximas eleições parece ter um projeto de cidade capaz de oferecer esperança à sociedade. Os possíveis candidatos aos cargos eletivos deste ano parecem não ter uma ligação nem mesmo rasa com os problemas de quem vive afundado em dívidas, castigado pela violência de uma cidade onde a geração de emprego e renda é quase nula. A maioria parece não oferecer uma renovação profunda.

Para Pedro Leite, candidato à uma cadeira de deputado distrital, a maioria dos candidatos não entendeu quem é a sociedade atual, quais os seus problemas reais. “Eles estão vendendo um triste show de vazio de projetos, pensando mais em ganhar segundos de propaganda eleitoral, sem importar se são ou não afinados com sua ideologia, com o que a sociedade precisa. Estou indo pela contramão disso. Sintetizei tudo  o que o povo brasiliense precisa não apenas no meu discurso, mas em minhas ações. Eu venho há anos e anos atuando pelo desenvolvimento social e pela família. E isso antes de entrar para a política”, arremata.

Contra o mais do mesmo – Além da falta de sincronia dos candidatos com as demandas atuais do Distrito Federal, há ainda um problema reinante: a falta de renovação. Nos muitos partidos brasileiros, parecem ser os de sempre, mesmo os envolvidos em escândalos, impedindo a passagem de novos líderes.

“Brasília é uma cidade que precisa de uma renovação profunda. Para esse Distrito Federal que quer mais, os políticos continuam oferecendo o prato de comida de sempre. E isso em um mundo que se espelha na pós-modernidade, aquela que não assusta os jovens. Eles querem e procuram essa realidade lá fora. E irão embora se não se sentirem realizados aqui”.

Segurança e modernidade – A pergunta que fica é: estará algum candidato de fato pensando em preparar um futuro de segurança e modernidade, sem ideologias de antigamente, para os milhares de jovens brasilienses que lutam para chegar à universidade e agora sonham em vencer na vida?

“Se depender do meu trabalho, sim”, afirma Pedro Leite. E emenda: “estou esforçado em trabalhar de verdade, em atuar sobre os problemas reais, em fazer os jovens serem cada vez mais”.

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