Juca Ferreira (PT), 65 anos, comandou o Ministério da Cultura por dois anos e meio, de 2008 a 2010, no segundo mandato de Lula. Cinco anos antes, atuou como secretário-executivo, no MinC, na gestão de Gilberto Gil. Convidado no fim do ano passado pela presidente Dilma Rousseff para retomar a função, cruzou a mira de Marta Suplicy.
A senadora apresentou documentos à Controladoria-Geral da União que apontam irregularidades na Cinemateca Brasileira, órgão do MinC, na primeira gestão de Ferreira como ministro.
“O processo nos acusa, por exemplo, de comprar a obra de Glauber Rocha sem licitação. Ela deveria saber que não existem dois ‘Glaubers’ para se fazer comparação de preço”, diz o sociólogo baiano em entrevista à revista IstoÉ desta semana.
Conhecido por suas críticas às leis de incentivo fiscal no fomento à cultura e pela defesa da flexibilização da regulação de direitos autorais, Ferreira pretende ampliar a atuação do ministério nos municípios e incrementar o apoio às manifestações populares e socioeducativas em detrimento do cinema, que considera uma área provida de investimentos “robustos”.