Bartô Granja
Jefferson Rodrigues Filho, o homem que enganou Rodrigo Rollemberg, secretários e assessores, ao clonar o celular do governador, foi condenado nesta terça, 24, a 8 meses de prisão. A pena, porém, foi revertida para a prestação de serviços comunitários. O crime se deu no início do ano passado.
Ao clonar o celular, Jefferson, segundo denúncia apresentada à época pelo Ministério Público, obteve para si e para outras duas pessoas vantagem ilícita por meio de nomeação para cargos em comissão na Fundação de Apoio à Pesquisa, da Secretaria de Ciência e Tecnologia do DF;
Ele se fez passar pelo governador usando seu número de celular ‘clonado’; comunicou-se com o secretário de Ciência e Tecnologia por WhatsApp para pedir nomeações O secretário, acreditando ser Rollemberg, providenciou as nomeações.
O denunciado ainda tentou obter para si vantagem ilícita, consistente em quantia em dinheiro superior a R$ 10 mil, ao pedir para um assessor do governador para que fosse feito depósito da quantia que ele conseguisse levantar, em conta-corrente vinculada ao denunciado. Porém, o depósito não foi realizado porque a vítima teve acesso ao governador momentos após o contato feito pelo Jefferson e verificou que não era o governador que se dirigia a ele pelo WhatsApp.
No interrogatório, Jefferson disse que os fatos narrados na denúncia são verdadeiros, exceto aquele que faz referência ao pedido de depósito de valores em sua conta corrente; confessou ter realizado a substituição de chip da linha celular do governador, nela instalando o aplicativo WhatsApp, sem autorização do titular da linha, dele se utilizando com o objetivo de obter vantagem ilícita; diz que assim agiu para conseguir um trabalho, pois estava desempregado e que foi exonerado quando tentou a nomeação de um tio; que pretendia também uma nomeação para um cargo melhor e que foi preso após obter um novo chip em nome do governador junto à operadora Vivo.