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Juiz mantém presos hackers dos zaps de Moro

Reprodução/TV Globo

Os quatro hackers que acessaram ilegalmente celulares de autoridades – como o do ministro da Justiça Sérgio Moro – vão continuar presos ao menos até a quinta-feira, 1. A decisão foi tomada nesta terça, 30, pelo juiz da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, Vallisney de Souza Oliveira.

O quarteto – Gustavo Santos, Suelen Priscilla de Oliveira, Danilo Marques e Walter Delgatti Neto, conhecido como Vermelho -, foi preso na semana passada após uma ação da Polícia Federal. Eles estão recolhidos na superintendência regional da PF. A prisão pode ser prorrogada por um prazo maior.

Os advogados pediram a liberdade do grupo, mas o juiz negou. “É preciso verificar se motivos que fundamentaram minha decisão de prisão, persistem. Vou indeferir por enquanto”, disse Vallisney após audiência de custódia realizada pela manhã.

Os investigados foram presos na última terça-feira (23), na Operação Spoofing. A operação ocorreu nas cidades de São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto. O nome da operação é uma referência à uma “falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é”, segundo a definição da Polícia Federal (PF).

A investigação começou após a divulgação de trocas de mensagens atribuídas ao então juiz federal Sergio Moro e ao coordenador da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, por meio do aplicativo Telegram. O material que, segundo as investigações, teria sido hackeado dos respectivos celulares, foi publicado pelo site The Intercept em uma série de reportagens que ficou conhecida como Vaza Jato e aborda a conduta do então juiz Sergio Moro na condução da Lava Jato em Curitiba.

Em depoimento à PF, um dos presos – Walter Delgatti Neto – admitiu que entrou nas contas de procuradores da Lava Jato e confirmou que repassou mensagens ao site The Intercept Brasil. Segundo a Polícia Federal, mais de mil pessoas podem ter sido alvos do grupo.

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