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Juiz Sérgio Moro libera Paulo Roberto, ex-diretor, para ir depor na CPI da Petrobras

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato na primeira instância, autorizou que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa vá depor, na quarta-feira (17), na CPI mista que investiga denúncias de irregularidades na estatal.

No despacho em que deu aval para a ida do ex-dirigente da petroleira ao Congresso Nacional, o magistrado determinou que a Polícia Federal (PF) tome as providências necessárias para assegurar a escolta de Costa para Brasília.

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia ressaltado na última sexta (12) que a CPI não precisava de autorização judicial para ouvir o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras. No entanto, o aval de Sérgio Moro era necessário porque Costa está preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba e precisa de uma manifestação da Justiça para deixar a cadeia.

A CPI mista já recebeu a autoirzação encaminhada pelo juiz federal do Paraná. Diante da possibilidade de Paulo Roberto Costa se negar a esclarecer aos parlamentares detalhes do suposto esquema de corrupção montado na Petrobras, integrantes da comissão cogitam negociar uma sessão secreta – fechada à imprensa – para que o ex-diretor possa se sentir mais à vontade para responder às perguntas do colegiado. Relator da CPI mista, o deputado Marco Maia (PT-RS) disse que essa decisão deverá ser tomada antes no início da sessão, na quarta-feira.

“Se houver esse pedido dele [Paulo Roberto Costa] para que o depoimento seja realizado numa sessão fechada, onde ele fale o que ele quer falar, nós vamos levar em consideração. Agora, esse é um processo que vamos vivenciar ali no momento, na hora de iniciar a sessão é que deveremos tomar essa decisão”, ponderou.

Desencadeada em março, a Operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. Costa é suspeito de integrar a quadrilha, intermediando contratos da Petrobras com empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos chefes da organização criminosa. Ele está preso desde março no Paraná.

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