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Justiça americana acusa Marín, Teixeira e Del Nero de roubarem a CBF e a Fifa

Claudia Trevisan e Jamil Chade

“Del Nero, Marin e Teixeira conspiraram de forma intencional para criar um esquema para fraudar a Fifa e a CBF”, afirma o documento do Departamento de Justiça dos EUA que indiciou, nesta quinta-feira, os três últimos presidentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

De acordo com o relatório, “Del Nero recebeu propina para a Copa América e para a Copa do Brasil. Ele (Del Nero) ainda pediu, ao lado de Marin e Teixeira, propinas para a Copa Libertadores”. A Justiça americana indicou que os três dirigentes compartilharam as propinas em diversos outros contratos e “privaram a CBF e seus direitos”.

Segundo a procuradora-geral Loretta Lynch, uma das suspeitas se refere ao contrato da CBF com a Nike. Teixeira teria recebido propinas para fechar o acordo. “Todos os que tentarem fugir, eu aviso: vocês não vão escapar”, disse ela, nesta tarde, em entrevista coletiva. Outras suspeitas apontadas pela Justiça se refere à escolha da Copa de 2010 na África do Sul e à eleição na Fifa, em 2011.

O Departamento de Justiça dos EUA apresentou nesta quinta-feira a acusação por corrupção contra mais Del Nero, Teixeira e mais 14 dirigentes do futebol nas Américas. Se condenados, eles estão sujeitos a penas que podem chegar a 20 anos de prisão.

Mas uma decisão de uma juíza no Rio suspendeu todo tipo de cooperação entre norte-americanos e brasileiros envolvendo o escândalo da Fifa. Com isso, o MP do Brasil ficou impedido de cumprir qualquer solicitação do FBI relacionado com o caso.

Pela manhã, em Zurique, na Suíça, dois vice-presidentes da Fifa, Alfredo Hawit e Juan Napout, foram presos e aguardam extradição aos EUA. Com as novas denúncias, o número de pessoas apontadas no processo quase dobrou, para um total de 41.

O caso teve início em maio, com apresentação das acusações em uma corte do Brooklyn, em Nova York. Até agora, 12 indivíduos e duas empresas de marketing esportivo foram condenados e US$ 100 milhões recuperados pelo governo dos EUA.

Confira os 16 indiciados pela Justiça dos EUA:

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