Dos 11 líderes da invasão do antigo Hotel Torre Palace, desocupado no domingo (5) pelas forças de segurança do governo de Brasília, cinco vão continuar presos até o julgamento do processo. A decisão é da juíza Lorena Alves Campos, do Núcleo de Audiência de Custódia de Brasília, que nesta segunda-feira (6) converteu em preventiva a prisão em flagrante do grupo.
Permanecerão detidos Edson Francisco da Silva, líder do Movimento de Resistência Popular (MRP), que já responde por extorsão de membros do movimento; Ilka Conceição de Carvalho; Alenilson de Sousa Neres (que se identificou como Alisson); Luiz Henrique Amaro Coutinho; e Robison Gomes dos Santos (identificado como Mateus Gomes dos Santos).
Tipos de crimes – Eles responderão pela prática dos crimes de organização criminosa, tentativa de homicídio, tortura, resistência, desobediência e dano a patrimônios público e privado. A tipificação foi definida em procedimento realizado por delegados da Polícia Civil, responsável pela apuração do caso.
Os que informaram nomes falsos, Alenilson e Mateus, serão indiciados também por falsidade ideológica (artigo 299 do Código Penal), cuja pena prevista é de um a cinco anos de reclusão.
Na mesma sentença, foram liberados para responder o processo em liberdade os outros seis líderes da ocupação irregular do prédio: Adílio Souza dos Santos, Gessé Dias de Santana, Jéssica Rodrigues da Silva, José Pereira de Oliveira, Keila Fernanda da Silva, Kennedy Silva dos Santos e Maria Arlete Menezes de Araújo.
Outras ocupações – O Movimento de Resistência Popular ocupou o Torre Palace, no Setor Hoteleiro Norte, em outubro de 2015, após ter passado pelo St. Peter, no Setor Hoteleiro Sul, e pelo antigo Clube Primavera, em Taguatinga, sob o pretexto de lutar por moradia. No Torre Palace, crianças e bebês de colo ficaram em um ambiente que hoje começou a passar por dedetização e amanhã será desratizado. Após meses de negociação, o governo conseguiu esvaziar todo o prédio sem deixar feridos.