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Ônibus caro

Justiça entra na briga e cobra explicações ao Buriti

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Nair Assad

Mais uma dor de cabeça para Rodrigo Rollemberg no imbróglio do aumento nas passagens de transporte público. Antes mesmo de a Câmara decidir por um decreto que revogue os reajustes, a Justiça cobrou do governador explicações sobre os motivos que levaram à concessão do aumento de até 25% em alguns casos.

O decreto legislativo dos deputados distritais, em formatação, deve ser votado no dia 12. Na sexta, 13, vence o prazo para que o Buriti se explique à juíza Bruna Farber. Até agora, Rollemberg se mostra irredutível. Chegou mesmo ao ponto, após duas reuniões, de não querer mais tocar no assunto com os deputados distritais.

A interferência do Poder Judiciário foi um pedido direto do PMDB. O partido alega que o aumento foi abusivo porque superou a alta do salário mínimo, que cresceu 6,5% – enquanto a tarifa mais cara de ônibus subiu 25%. O PMDB também argumentou ter havido falta de publicidade do anúncio do reajuste, por ter sido feito no último dia útil de 2016.

“Ponto que deve ficar claro é que não justifica-se o interesse privado ficar acima do interesse público, pois nada justifica que no período de crise que o país está enfrentando, com milhares de desempregados, exista um aumento com tamanha abusividade”.  No processo, o PMDB pede que o Judiciário cancele o aumento por ter ocorrido “sem a devida análise dos valores”.

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