O estado de sanidade de Gabriel Lima Braga, réu por matar o pai e a mãe esfaqueados, será avaliado por determinação da Justiça. A ordem para executar os testes foi decretada nesta quinta-feira (18).
Os exames deverão acontecer em um prazo de 45 dias. Enquanto isso, o processo contra Gabriel Lima Braga fica suspenso. Um defensor público vai ser escolhido para cuidar do caso dele.
O crime ocorreu em Vicente Pires, em agosto, na madrugada seguinte ao Dia dos Pais. Na ocasião, o rapaz de 23 anos foi preso em flagrante. Desde então, ele está na Ala Psiquiátrica do presídio da Colmeia, no Gama. Esta nova decisão, no entanto, não manda soltá-lo.
Para o juiz Gilmar Rodrigues da Silva, do Tribunal do Júri de Águas Claras, os procedimentos de avaliação mental são necessários para comprovar se o jovem poderá responder pelos crimes contra os pais.
“Convém seja verificado se o acusado possuía à época do fato eventual comprometimento da sua capacidade de entendimento e autodeterminação, condição específica para aferir sua imputabilidade penal e demais desdobramentos da ação penal”, declarou o magistrado.
Na decisão, o juiz lembrou ainda depoimentos relacionados ao caso. Antes de morrer em decorrência dos ferimentos, a mãe relatou aos policiais que o filho dizia: “Eu amo vocês, mas eu tenho que fazer isso”.
“De acordo com as declarações do primo e da irmã do acusado, ele era frequentador de centros de ‘macumba’ e praticava ‘magia negra’, tendo inclusive montado um altar em seu próprio quarto com objetos da espécie”, continuou o magistrado.