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Kawan salta bonito, quase perfeito, mas 9 foram melhores ainda

O brasileiro Kawan Pereira ficou em 10º lugar na final da plataforma de 10 metros na Olimpíada de Tóquio, na madrugada deste sábado, pelo horário brasileiro. Antes mesmo do primeiro salto, ele já fazia história nos saltos ornamentais do Brasil. Pela primeira vez, o País contou com um representante numa final olímpica desta modalidade.

O saltador voltou a fazer boa apresentação, superior ao que fez na fase classificatória, na sexta. Porém, ficou abaixo da performance da semifinal, disputada horas antes. Ele terminou com um total de 393,85 na final, abaixo dos 400,40, pontuação anotada anteriormente.

Kawan nasceu na cidade de Parnaíba, no Piauí. Mas foi ainda criança para Brasília, onde mora até hoje. Lá conheceu a capoeira, cujos movimentos o ajudaram a aprender mortais e cambalhotas que usa em seus saltos.

Ele chegou a Tóquio com bons resultados internacionais no currículo. Foi medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019 na plataforma sincronizada, com o compatriota Isaac Souza (eliminado na fase classificatória na Olimpíada), e campeão sul-americano neste ano, na plataforma de 10m. No Pré-Olímpico, chegou à final, mostrando potencial para fazer o mesmo agora na Olimpíada.

Na final, o brasileiro fez seus melhores saltos na segunda e na quarta tentativas, com 79,20 e 79,55, respectivamente. Mas perdeu terreno na disputa no terceiro e no quinto, com 46,20 e 56,10. Os demais foram 60,80 e 72,00. Cada atleta faz seis saltos na disputas da plataforma de 10m.

Potência da modalidade, a China fez dobradinha no pódio. Yuan Cao se sagrou bicampeão olímpico, com 582,35, após levar o ouro na mesma prova em Londres-2012. No Rio-2016, ele havia levado o ouro no trampolim de 3 metros. E, na capital japonesa, já tinha faturado a prata no salto sincronizado na plataforma de 10m.

Neste sábado, o também chinês Jian Yang ficou em segundo lugar, com 580,40. Tanto Yang quanto Cao vinham se alternando na liderança da prova desde a fase classificatória. Foi a primeira medalha olímpica de Yang, de 27 anos.

O bronze foi para o britânico Tom Daley, famoso em Tóquio pelas peças de tricô que produz entre um salto e outro. Ele obteve 548,25, sua melhor performance em comparação à fase classificatória e à semifinal. Nesta Olimpíada, ele conquistou seu primeiro ouro olímpico, na plataforma de 10m sincronizada. Antes levou o bronze em Londres-2012 (10m) e no Rio-2016 (10m sincronizado). O atleta de 27 anos é ainda bicampeão mundial na prova individual.

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