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Murro na mesa

Kim exige fim de sanções e Trump encerra conversas

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Autor/Imagem:
Sergio Caldas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que decidiu antecipar o fim de sua segunda reunião de cúpula com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, porque os dois não conseguiram chegar a um acordo sobre as sanções que Washington impôs ao regime de Pyongyang.

“Não seria uma boa coisa assinar qualquer coisa”, disse Trump, durante coletiva de imprensa que se seguiu à cúpula em Hanói, capital do Vietnã. “Nós tínhamos algumas opções e, neste momento, decidimos não seguir nenhuma das opções.”

Trump comentou também que não se comprometeu com uma terceira cúpula com Kim. Segundo o presidente, as conversas dos dois últimos dias foram muito produtivas e num clima bastante amigável, e os EUA querem manter o relacionamento com Kim, mas, diante das divergências ainda existentes, não seria apropriado assinar um acordo no momento. A primeira cúpula entre Trump e Kim ocorreu em junho do ano passado, em Cingapura.

“Basicamente, eles (os norte-coreanos) queriam que as sanções fossem totalmente suspensas e não podíamos fazer isso”, disse Trump. “Eles estavam dispostos a desnuclearizar grandes porções de áreas que queríamos, mas não podíamos abrir mão de todas as sanções por isso. Então, vamos continuar a trabalhar e veremos, mas tínhamos que rejeitar essa sugestão em particular.”

Trump afirmou que Kim ofereceu desmantelar o complexo nuclear de Yongbyon em troca do fim das sanções, o que não foi aceito pelos negociadores americanos. O presidente confirmou que todas as sanções atuais contra Pyongyang continuam em vigor. “Kim tem uma certa visão, mas não a que queremos”, disse, destacando, porém, que o líder norte-coreano se comprometeu a não realizar mais testes nucleares ou de mísseis.

Durante a coletiva, Trump também falou sobre o depoimento de seu ex-advogado Michael Cohen, durante audiência ontem no Congresso americano. De acordo com Trump, Cohen “mentiu muito” em seu depoimento, mas, por outro lado, enfatizou que não houve conluio entre a equipe de campanha eleitoral do republicano e a Rússia em 2016. Na audiência, Cohen pela primeira vez acusou Trump de conduta criminosa durante exercício do mandato, classificando-o de “vigarista” e “trapaceiro”.

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