A disputa pela presidência da OAB-DF sempre atrai atenção, com candidaturas que, em geral, refletem o compromisso com a advocacia e a defesa das prerrogativas da classe. No entanto, a candidatura de Dra. Karoline Guimarães tem levantado dúvidas, não pela competência pessoal da candidata, mas pelo papel que Lucas Kontoyanis, seu coordenador de campanha, tem desempenhado nos bastidores.
Karoline, conhecida por ser uma pessoa bacana e respeitada por seus colegas, parece ter se tornado um peão no jogo de Kontoyanis. Conhecido por suas manobras controversas, Lucas leva o processo eleitoral da OAB-DF conforme seus interesses pessoais. Após várias tentativas frustradas de aliança com outros grupos, sua insistência em lançar Karoline à presidência soa mais como um capricho do que um plano estratégico realista.
Nos bastidores, comenta-se que, sem conseguir emplacar suas negociações, Kotoyanis decidiu registrar a candidatura de Karoline quase como uma afronta àqueles que lhe fecharam as portas. Isso levanta a questão: a candidatura de Karoline está realmente focada nas necessidades da advocacia brasiliense ou atende aos ventos volúveis dos interesses de Lucas Kontoyanis?
Com Karoline presa aos desígnios de seu coordenador, fica difícil acreditar que essa chapa tenha uma proposta robusta e independente. Embora Karoline seja uma profissional com boas intenções, o controle de Kontoyanis sobre o processo eleitoral ofusca a legitimidade de sua candidatura. Assim, é importante refletir se essa liderança representa, de fato, os interesses da advocacia ou se apenas satisfaz ambições pessoais que não dialogam com os desafios da classe.
Kontoyanis, que já se envolveu em diversos episódios questionáveis, parece estar conduzindo mais uma jogada de bastidor. E, ao que tudo indica, seu foco está muito mais em manter seu nome ativo nas articulações políticas do que em fortalecer uma proposta real. Enquanto isso, a campanha de Karoline segue morna, sem apresentar as respostas que muitos esperam para os desafios da advocacia.
Com esse cenário, a eleição corre o risco de se transformar em palco para vaidades pessoais, ao invés de um debate sério sobre o futuro da advocacia no Distrito Federal. Karoline, apesar de suas qualidades, parece estar sendo levada por um vento que não sopra a favor da classe.
*Texto publicado originalmente no site http://pandoranews.com.br