Nem só do dinheiro de laranjas – como investiga a Polícia Federal – viveram candidatos nas eleições de Brasília no ano passado. Durante a campanha, circularam malas de dinheiro que valiam bem mais do que os caríssimos laranjais paulistas e californianos.
Políticos experientes que participaram do processo de arredação para diferentes campanhas revelaram a Notibras, na condição de anonimato, que no vai-não-vai ser candidato, teve gente que vendeu bens móveis e imóveis para jogar no bolso de cabos eleitorais e consultores políticos.
Segundo revelado por um ex-candidato que preferiu vestir pijama, o que aconteceu em Brasília foi um Caixa 2 camuflado. Negócios envolvendo milhões de reais, garante, foram feitos por meio de contratos de gaveta.
Essa é mais uma linha a ser seguida pela equipe da Polícia Federal encarregada de apurar os fatos. O grupo de delegados e agentes federais que, por ordem judicial, vasculhou as instalações do MDB no Distrito Federal, pode ter encontrado indícios que levem a uma nova frente de investigação.
As suspeitas sobre ‘mulheres laranjas’ não passam de pequenos limões ainda verdes, garantem fontes de Notibras. O dinheiro foi tanto, revelam, que foi preciso abrir o buraco da agulha para dar passagem a verdadeiras boiadas.