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Lava Jato deve seguir, diz Temer, mas País não pode ficar como roupa em varal

Edson Fonseca

O vice-presidente Michel Temer defendeu nesta quinta-feira, 28, em Curitiba, as investigações da Operação Lava Jato. O vice ponderou, no entanto, que a força-tarefa não pode paralisar o Brasil.

“A Operação Lava Jato é uma prova que nossas instituições estão funcionando. É uma questão do Judiciário e temos que esperar a apuração dos eventos. Mas é importante que as investigações não paralisem o País”, respondeu Temer ao ser questionado sobre as denúncias de corrupção levantadas contra setores do governo federal, inclusive contra peemedebistas.

Em campanha para reeleição à presidência do PMDB, o vice iniciou nesta quinta, pela capital paranaense, uma série de visitas que fará aos diretórios estaduais do partido para costurar apoios à sua recondução ao comando da sigla.

Como principal discurso para convencer os peemedebistas de sua recondução, Temer traz a proposta de lançar o máximo de candidaturas próprias nas eleições municipais deste ano para construir um candidato próprio à Presidência da República em 2018.

“As eleições de 2018, passam pela disputa de 2016”, disse.

Em meio à grave crise política enfrentada pelo Planalto, o vice-presidente evitou falar sobre seus atritos com a presidente Dilma Rousseff. “O momento é de buscar a unidade em todo o País. Estamos propondo uma pacificação nacional. Acredito que a presidente Dilma deve buscar o mesmo com a reunião do conselho que está sendo realizada hoje”, afirmou.

Para os militantes, Temer usou a emblemática expressão “quem manda no PMDB é o PMDB”, para explicar a continuidade da aliança com o governo do PT. “O PMDB sempre foi um partido construído pela base e estamos provando isso neste momento”, declarou.

O peemedebista enfrenta uma ameaça de rebelião dentro do partido e várias lideranças afirmam que não vão apoiá-lo para um novo mandato como presidente da sigla na convenção nacional, marcada para março. No Paraná, no entanto, Temer recebeu o apoio unânime dos peemedebistas. O senador Roberto Requião, presidente da legenda no Estado, diz não ter dúvidas. “O Paraná está fechado com o Temer”, afirmou.

Depois de Curitiba, o vice-presidente seguiu para Florianópolis.

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