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Lava Jato pega planilhas da Odebrecht com nomes de mais de 200 políticos

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Marta Nobre, Edição

Planilhas om mais de 200 nomes de políticos beneficiados pelo Grupo Odebrecht foram encontradas pela Polícia Federal na residência do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Junior, no Rio de Janeiro.

Há cargos, partidos e valores. Não se sabe, porém, se o dinheiro foi pago como propina ou contabilizado legalmente, com o contribuição de campanha. Sabe-se, contudo, que se trata da maior relação de políticos e partidos associada a pagamentos de uma empreiteira até agora.

As buscas fazem parte da 23ª fase da Lava Jato, a Acarajé, que teve como alvo o casal de marqueteiros João Santana e Monica Moura que atuaram nas campanhas de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014) e também o executivo da Odebrecht, apontado pelos investigadores como o canal de Marcelo Odebrecht para tratar de doações eleitorais e repasses ilícitos a políticos.

O Uol divulgou duas planilhas. A primeira é apresentada na imagem que ilustra esta matéria. A segunda pode ser observada a seguir:

tabela-benedictoA devassa da Polícia Federal na residência de um dos executivos-chave do esquema de propinas na empreiteira rendeu um total de sete arquivos onde aparecem inúmeras planilhas e tabelas, algumas separadas por Estados e regiões do Brasil e outras por partidos, com nomes dos principais políticos do País.

Também há inúmeras anotações manuscritas fazendo referência a repasses para políticos e partidos, acertos com outras empresas referentes a obras e até documentos sobre “campeonatos esportivos”, que lembram documentos semelhantes já encontrados na Lava Jato e revelaram a atuação de cartel das empreiteiras em obras na Petrobras.

Em meio aos avanços da Lava Jato, os executivos da empreiteira anunciaram nesta terça-feira, 22, que vão fazer uma “colaboração definitiva” com as investigações.

Nos documentos, contudo, não há nenhum indicativos que os pagamentos sejam irregulares ou fruto de caixa 2 e tampouco a Polícia Federal teve tempo para analisar a vasta documentação.

Era na Odebrecht Infraestrutura que funcionava o setor de “Operações Estruturadas”, que as investigações revelaram ser o departamento da propina na empresa, no qual funcionários utilizavam um moderno software de gerenciamento de contratos e pagamentos para fazer a “contabilidade paralela” da empresa, que incluía entregas no Brasil e também transferências em contas no exterior. Diferente das planilhas encontradas naquele setor, contudo, os documentos que estavam na residência de Benedicto não possuem codinomes para se referir a políticos.

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