O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o país não vai alcançar a meta fiscal sem “medidas adicionais”. Sem apresentar detalhes do que será feito, ele afirmou que o governo deve ter gasto parcimonioso e “visitar” despesas obrigatórias, decorrentes de leis.
“Temos de melhorar execução e eficiência”, disse, indicando a possibilidade de o governo pedir mudanças em leis. Ele ressaltou que o espaço para cortar despesas discricionárias não é suficiente para atender as necessidades do país.
De acordo com Levy, a responsabilidade fiscal, junto com a reforma do ICMS, fará o Brasil voltar para o “nosso lugar”, com grau de investimento.
O ministro ressaltou que a dívida soberana externa brasileira é pequena, cerca de US$ 60 bilhões, mas disse que “felizmente, a gente tem podido atender aos investidores globais com a dívida doméstica”.
Segundo o ministro, a proposta de Orçamento de 2016 veio com um esforço de corte de despesas, inclusive as obrigatórias. “Esse é um Orçamento que foi feito com projeção de despesas discricionárias, baseado no executado neste ano. E as despesas deste ano vêm a ser 40% menores que as do ano passado. O governo está cortando na carne já neste ano”, afirmou, ressaltando que economia será mantida no ano que vem.