Lula muda totalmente de posição diante do fascismo sionista que pratica o estado terrorista de Israel. No episódio dos prisioneiros brasileiros em Gaza, o presidente brasileiro sentiu na carne a brutalidade, a exorbitância e a exibição de força imperialista de Israel, apoiado pelo imperialismo americano.
Que democracia é essa cujo parâmetro é colocar o outro como inimigo, taxando-o de animal, critério que coloca em xeque o sionismo brutal a serviço da extinção da Palestina e dos seus representantes democráticos, como o Hamas.
É essa democracia sionista a serviço do terrorismo de estado de Israel que a ONU está apoiando, enquanto bate o último prego no caixa de si mesma como instituição representativa da consciência universal.
As mobilizações pró-Palestina e anti-Israel-EUA por conta do genocídio de Gaza por Netanyahu, carrasco do século 21, abominado, globalmente, são atestados de óbito da ONU.
Está morto o Conselho de Segurança da entidade que viu rasgada sua decisão de defesa de cessar-fogo pela maioria dos seus representantes.
A ONU assinou embaixo a sua falência ao compactuar com o veto americano contra a resolução brasileira, no comando do Conselho, que segue valendo, agora, com a Rússia no comando.
Prevalece a vontade imperialista do “mundo livre, ocidental, democrático” pela defesa do mundo da guerra que não aceita a voz da maioria para as questões globais.
Na prática, nasceu, agora, a ONU pró-guerra, que coloca em destroços a ONU pró-paz.
Entra em cena, a barbárie como proposta de ação da vontade dos mais fortes sobre os mais fracos.
A posição pró-beligerância da ONU, pro-guerra transforma o mundo em campo de conflitos como fato corriqueiro, normal, da faculdade humana.
A agressão ao outro, em circunstâncias de afirmação do direito da força, no lugar da força do direito, vira exorbitância transformada em lei geral para toda a humanidade.
Os pressupostos que nortearam a criação da ONU pós-segunda guerra mundial levando o homem à propensão pela paz viram letra morta diante da exorbitância sem limites de Israel diante do Hamas-Palestina, mediante apoio do Estado Industrial Militar Americano.
Retrocesso humanitário explícito às eras históricas bárbaras quanto a preparação para a guerra nasce no berço da humanidade.
A nova lei, ancorada na força brutal, força o ser humano à regressa psicológica compatível com a irracionalidade. Quem considera o Hamas grupo de animais é porque, na verdade, já se tornou animal há muito tempo.
Introjetou-se psicologicamente no sionismo o julgamento primário e brutal segundo o qual quem não apoia o irracionalismo sionista deve ser eliminado como animal selvagem.
Regressão histórica ao animalismo minimalista excluído de qualquer ponderação de modo que a forma correta de ação nessa nova sociedade sionista, apoiada pelo império americano, é a da permanente e eterna agressão ao outro como modus operandi.
É o resultado próprio, acabado e aperfeiçoado da cultura tech, programada por Holliúdy no novo chip imperialista a ser atarraxado no cérebro dos usuários como comandos do novo tempo adequado aos interesses do império capitalista americano.
Excluir o outro com a pecha de animal cabe em qualquer conceituação de sociedade feita pelo império a partir do seu pressuposto maior: quem não está comigo, está sem-migo, diria o populacho gozador.
O espírito prático do ser humano colhe a nova lição dada na prática por Netanyahu, o carrasco do império: matar o outro para se defender, como concebeu o fascista Bolsonaro, na aprovação do direito de matar pelos policiais, como direito de defesa.
É a nova legalidade da guerra dos fortes contra os fracos, inscrita no código civil. E o fascismo vira lei. Certo, como lembrou Pepe Escobar, estava Fidel Castro ao prever que o nazi-fascismo hitlerista se transformaria no pós-guerra em democracia, pelas elites capitalistas.
Quem é capaz de considerar como democrata o regime político vigente em Israel que legaliza o direito de matar, rasgando as regras da ONU, com pleno apoio do imperialismo americano que o apoia?
No entanto, a democracia sionista é louvada pela mídia corporativa que pensa com o dinheiro dos sionistas. Jornalismo sionista é aquele que considera direito de matar a ética sionista de que o outro é o animal a ser abatido e não cultivado por todas as culturas desde o princípio dos tempos.
O princípio dos tempos é eliminado pelas metralhadoras e tanques do exército de Israel a passar por cima dos cadáveres do outro, supostamente, animal: homens, mulheres, jovens, velhos e crianças.
A ONU pró-guerra, com a cara de Tio Sam e seu diabo Bibi, é o grito de intransigência e inconformismo do mundo unipolar dolarizado que perde sonoridade do mundo que está nascendo, debaixo do sofrimento palestino.
A implosão da ONU pró-guerra, pró dólar, papel pintado pela maior dívida pública do mundo (35 trilhões de dólares), pró exploração colonial, unipolar, pró-direito de matar, deixou de ser útil.
A ONU experimenta a maldição de Keynes na apreciação da precária ideologia utilitarista, suprassumo do capitalismo.