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Líder do PT rebate Cunha. PMDB faz papel de oposição

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Vicentinho (SP), afirmou nesta quinta-feira o PMDB tem se portado na Casa mais como oponente que como aliado. Em meio a uma tensão com a sigla do vice-presidente, Michel Temer, o parlamentar disse que um partido de base aliada não pode ter duas caras – ser oposição e situação ao mesmo tempo.

Na terça-feira, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), uma das principais vozes de um blocão de partidos governistas descontentes da Casa, disse em sua conta do Twitter que o partido deveria “repensar” a aliança com o PT. Na avaliação dele, o partido da presidente Dilma Rousseff não respeitaria mais o principal aliado.

Para Vicentinho, a turbulência do PT é com alguns partidos que estão sob liderança de Cunha, e não com o PMDB nacional. “Não existe turbulência do PT com o PMDB. Existe uma turbulência de alguns partidos, mas que na verdade é liderada pelo líder do PMDB que muitas vezes nós não compreendemos o porquê dessa divergência. Nenhum partido da base do governo pode ter duas caras. Você não pode ser oposição e situação ao mesmo tempo”, disse. “E essa história de ameaçar, sair fora … (vão) tirar o ícone do PMDB, Michel Temer, da vice-presidência?”, questionou.

Em café com jornalistas na Câmara dos Deputados, Vicentinho disse considerar “furada” a tese de que o blocão criado tenha por objetivo fortalecer os trabalhos do Congresso. Ele lembrou que a primeira atitude do grupo que reúne sete partidos governistas foi se aliar à oposição e tentar aprovar a investigação de denúncias envolvendo a Petrobras em ano eleitoral. “O PMDB é um partido que está mais na situação de oposição”, opinou.

Para o líder do PT, a negociação com o PMDB deve ser fora da Câmara, com lideranças nacionais, e não apenas com Eduardo Cunha. “Eu estou com muita fé de que mais dia e menos dias teremos uma boa reconciliação, que vai implicar num fortalecimento da base do governo”, disse.

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