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Liderança de quem pode, pode, e a vida segue em frente

Durante a vida experimentamos diversas sensações, algumas boas e prazerosas, outras já nem tanto. É nossa senda, e temos que aceitar tudo o que recebemos, seja bom ou ruim. Mesmo porque não há muito o que possamos fazer. Reagimos de acordo com o momento que vivemos, por mais que pensemos o contrário. Claro, fazemos planos que desejamos concretizar, mas nem sempre isso é possível, uma vez que viver é incerteza constante…

Embora tracemos nossa caminhada da melhor forma que podemos, devido a acidentes de percurso não conseguimos alcançar o resultado esperado. Alguns conseguem, mas a maioria fica pelo caminho. Estamos sempre em disputa onde um, e apenas um, alcançará o objetivo…

A nossa própria existência é decorrente dessa afirmação. Começamos a competir mesmo antes de nascer. E a primeira competição é que nos dará ou não o direito de viver. E se para o vencedor dessa primeira corrida o prêmio é a existência, os perdedores serão jogados na vala do esquecimento, não tendo nem mesmo o direito de ser lembrados…

Assim é a vida… uns poucos vencedores e a maioria lutando para não ser jogada na vala comum… e por mais que tentem, não conseguirão fugir desse destino. Serão sempre massa de manobra, bucha de canhão… todos são descartáveis…

Não passamos de um número, que pode ser apagado a qualquer instante. Não importa onde estamos inseridos, sempre haverá alguém que controla o grupo. Esse elemento é o único que tem valor, o restante está ali para validar sua posição. Por isso há tanta disputa nos grupos pela liderança…

Ser líder de um grupo social… não importa de que tipo… é existir. É passar a ser alguém, se destacar no mundo, é ser lembrado por seu nome. De batismo ou adotado, não importa. Ser líder é impor regras e condições e ser considerado mais que uma pessoa… é a personificação do próprio grupo…

Ao atingirmos a posição de líder passamos a condição de semideuses no panteão de divindades de pé de barro… podemos ser destituídos a qualquer momento, mas se conseguirmos um grande número de adoradores… eu quis dizer admiradores… talvez sejamos alçados a patamares mais elevados. Se tentarão nos derrubar? Claro que sim. Afinal, para que alguém suba, alguém tem que descer…

Por isso certas lideranças usam a força para controlar seu grupo. Pois não querem ser substituídos. E, embora pareça esdrúxulo, isso é mais comum do que parece… muitas vezes, a violência vem disfarçada de um ato de condescendência… é a isca que colocamos no anzol para fisgar o peixe…

Mas é a vida. É como diz um ditado do tempo de meus avós… “quem pode, pode… quem não pode, se sacode”… e assim, vamos em frente, torcendo para que não sermos os próximos a tombar, para que outro ocupe nosso lugar…

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