Cerca de vinte igrejas e organizações religiosas estadunidenses enviaram uma carta ao presidente Joe Biden para pedir o fim das sanções que estão sufocando os cubanos.
As associações se referiram à escassez de medicamentos, alimentos e outros materiais vitais na ilha em meio à pandemia de Covid-19, como resultado das restrições de Washington, entre outras questões.
“Pedimos que seja dada prioridade ao bem-estar do povo cubano, independentemente de considerações políticas, com medidas humanitárias imediatas e a suspensão das disposições que impedem a chegada de assistência ao povo cubano”, declara a carta.
Da mesma forma, os líderes religiosos apontam o bloqueio econômico estadunidense como o principal fator de agravamento da situação no país caribenho, um cerco unilateral intensificado pela administração do ex-presidente Donald Trump (2017-2021), que acrescentou 243 novas sanções.
Especificamente, eles pedem ao presidente para eliminar o limite de remessas, evitar a burocracia para facilitar doações de produtos essenciais e restabelecer os serviços consulares na embaixada de Washington em Havana.
Eles também insistem que Biden levante as restrições às transações bancárias e financeiras associadas à entrega de ajuda humanitária, bem como que permita a entrada em Cuba de suprimentos médicos com mais de 10% de componentes fabricados nos EUA.
Entre os 24 signatários da carta estão o Conselho Nacional de Igrejas, a Igreja Episcopal, a Igreja Evangélica Luterana na América, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Metodista Unida – Junta Geral de Igreja e Sociedade e o Escritório de Washington na América Latina.
Essa mensagem chega quando a administração Biden insiste em uma política agressiva em relação à ilha e na manutenção do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto há seis décadas, apesar de uma promessa eleitoral de reverter essa estratégia.
No mês passado, mais de 400 artistas, políticos, intelectuais e ativistas de todo o mundo também fizeram uma petição a Biden, pedindo o fim das sanções que tão duramente atingiram Cuba, especialmente durante a pandemia.