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Liliane coloca lenha na fogueira e acirra briga com Palácio do Buriti

A já combalida relação entre o Palácio do Buriti e a Câmara Legislativa, ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (9). Visivelmente contrariada, a vice-presidente da Casa, Liliane Roriz (PRTB), não fez questão de poupar críticas à articulação política do governo.

A postura de Liliane serve como munição à artilharia lançada na semana passada pela presidente da Câmara Celina Leão (PDT), que rompeu publicamente com  o próprio governador Rodrigo Rollemnberg.

O alvo de Liliane, mesmo que camuflado, é o secretário de Relações Institucionais Marcos Dantas. A parlamentar atacou o já deteriorado relacionamento governista com os os deputados distritais, a ponto de afirmar que está se tornando “normal” os representantes do Palácio do Buriti desembarcarem nos corredores do Legislativo com projetos de interesse do Executivo para serem votados sem acordo coletivo.

– Se estão pensando que sou marionete, estão enganados. Se não precisam de mim para discutir os projetos e ajudar na criação de um acordo, não precisam de mim nas votações”, ameaçou a herdeira política do clã rorizista.

Embora sem citar diretamente Marcos Dantas, a  vice-presidentre da Câmara foi enérgica, ao enfatizar que não fez “campanha para esse governo” e que, consequentemente, não tem compromisso político com ninguém ligado a Rollemberg.

– Estou aqui para ajudar, como sempre estive. Mas se a estratégia da articulação é isolar aliados, pode comemorar porque está conseguindo”, avisou, como quem dá um recado curto e grosso.

A rusga entre Liliane e Marcos Dantas começou a se tornar pública quando o socialista passou a disparar críticas à gestão do ex-governador Joaquim Roriz, a quem Liliane tenta aproximar de Rodrigo Rollemberg.

Em conversas informais com outros deputados no Plenário, a distrital afirmou que não vai procurar o atual governador. E disparou, sem medir palavras: “Não sou política de ficar em porta de gabinete esperando alguma reação. Fui eleita para defender minha cidade e assim o farei”, sentenciou.

Ricardo Coimbra, Editor Assistente

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