A prisão do ex-vice-governador Paulo Octávio, por suposta fraude de alvarás, e a desistência de Liliane Roriz de ser vice de Arruda nas próximas eleições, deixou o pré-candidato ao governo ainda mais enfraquecido. Além de responder vários processos na Justiça, Arruda terá que se desdobrar para conseguir gerenciar esses problemas que, querendo ou não, são fatores negativos para a sua candidatura.
O primeiro desafio de Arruda é o de mudar sua imagem perante a população do DF. Até porque, na semana passada, o Instituto O&P apontou queda de quase dez pontos do ex-governador José Roberto Arruda e crescimento do atual governador, Agnelo Queiroz. Como se não bastasse, Arruda se depara com o desafio de não poder contar com dois fortes aliados.
Apesar de estar afastado da vida pública desde que renunciou ao cargo de vice-governador, em fevereiro de 2010, Paulo Octávio vem atuando na política de forma discreta. Sua posição, no entanto, é de vice-presidente do Partido Progressista (PP). Mesmo Paulo Octávio estando fora de cargos políticos, Arruda contava com o apoio do companheiro, pois, apesar de não militar no mesmo partido, Paulo Octávio ainda possui fortes aliados na política, o que poderia impulsionar a candidatura de Arruda. Com a prisão de PO, Arruda sai enfraquecido, pois o nome do ex-vice-governador está diretamente ligado ao nome do ex-governador.
A notícia de que Liliane Roriz desistiu de ser vice de Arruda nas próximas eleições também poderá ser outro agravante para Arruda, que já contava com o apoio da filha de Joaquim Roriz. De acordo com o noticiado, a distrital desistiu de fazer a dobradinha com o governador, pois, pretende concorrer à reeleição como deputada distrital.
A candidatura de Arruda está tão incerta que na semana passada um grande veículo de comunicação da cidade fez duas reportagens com os pré-candidatos ao Buriti, deixando o ex-governador de fora. Será por quê?
Jean Márcio Soares, Guardian Notícias