A menina veio correndo descalça
E deu três voltas em torno do chafariz.
Depois dançou Feliz na praça,
A larga praça do chafariz
Em época remota de antigas gerações
Os escravos traziam na cabeça, equilibrados, pesados tonéis que enchiam de água no chafariz da praça
A menina dançava, dançava e ignorava
Que ali naquela praça houve quem chorasse a má sorte.
Menino e menina de épocas diferentes
Um escravo e ela, a menina que dançava Feliz, não se encontraram em torno do chafariz.
Oh, Glória! Natureza benfazeja!
A água brotava das nascentes do rio
Que corria pelas matas. Fonte vital para a cidade, o chafariz abastecia a cidade com água pura.
Quem dera não tivesse existido Escravidão no País e os dois, menino e menina, pudessem desviar de seus caminhos
Menino escravo, um infeliz, e a menina feliz em sua inocência, em tempos outros
E dançar, ao cair do dia,
Na praça do chafariz.