Tempos difíceis
Londres afunda na crise com 2ª onda da Covid
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emLondres, principal centro financeiro da Europa e onde vivem 9 milhões de habitantes, adotará lockdown mais rígido contra a covid-19 a partir da meia-noite desta sexta-feira (16), agora que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tenta enfrentar uma segunda onda crescente do novo coronavírus.
A pandemia respiratória, que surgiu no ano passado e já matou mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo, está se disseminando em grande parte do Reino Unido, que tem o maior número oficial de mortes da Europa: 43.155.
Mas a irritação está aumentando por causa dos custos econômicos, sociais e de saúde das maiores restrições de liberdade desde os tempos de guerra – um ex-conselheiro do governo alertou que algumas pessoas terão dificuldade para vestir os filhos em breve.
O secretário de Saúde, Matt Hancock, disse que o nível de alerta de Londres, assim como do populoso condado adjacente de Essex, passará de “médio” para “alto” um minuto após a meia-noite de hoje.
“Para todos que trabalham na nossa grande capital: quero agradecê-los pelo que fizeram para suprimir o vírus uma vez, agora todos temos que fazer nossa parte para controlar o vírus mais uma vez”, disse Hancock. “Sei dos sacrifícios que isso significa, mas sei que, se trabalharmos juntos, podemos vencer.”
“Preciso alertar os londrinos: temos um inverno duro pela frente”, disse o prefeito Sadiq Khan.
Na capital, cujo distrito financeiro só compete com o de Nova York, as áreas mais afetadas são Richmond, Hackney, a City de Londres, Ealing, Redbridge e Harrow.
Há informações de que Manchester, cidade do Norte da Inglaterra e uma das maiores do Reino Unido, passaria de um alerta “muito alto” para “alto”, mas Hancock disse que as conversas com líderes municipais estão em andamento e que ainda não foi tomada uma decisão.
Boris Johnson, que obteve grande vitória eleitoral em dezembro, afirmou que seu governo está travando uma guerra contra o vírus e que alguns sacrifícios são necessários para salvar vidas.
Opositores, no entanto, dizem que o governo demorou demais para agir quando o vírus emergiu, não protegeu os idosos em casas de repouso e fracassou na implantação do sistema de exames.