Se for eleito, Vladimir Putin entrará, ao final de seu mandato, em 2024, para o clube dos dirigentes com um quarto de século no poder, mas ainda ficará longe dos recordes de Fidel Castro, Kim Il-sung ou Muamar Khadafi.
Sem falar das realezas, que, por definição, estão no trono de forma vitalícia: neste sentido, Elizabeth II, da Inglaterra, 91 anos, é a decana dos monarcas, com 66 anos de reinado.
Nomeado primeiro-ministro em 1999, Vladimir Putin foi eleito presidente em 2000. Em 2008, depois de dois mandatos, cedeu o Kremlin para seu primeiro-ministro Dmitri Medvedev e se colocou à frente do governo. Voltou à presidência em 2012.
Chiang Kai-shek, ou Fidel – Na história contemporânea, alguns dirigentes estiveram no poder durante mais de 40 anos.
O recorde de longevidade pertence ao cubano Fidel Castro, que ficou no poder de 1959 até ceder a Presidência para seu irmão Raúl 49 anos depois.
O líder nacionalista chinês Chiang Kai-shek dirigiu o país durante 47 anos, até se refugiar em Taiwan em 1949. Atrás dele, estão o fundador e dirigente da Coreia do Norte, Kim Il-sung (46 anos) e o líder albanês Enver Hodja (40 anos).
Mais recentemente, Muamar Khadafi governou a Líbia durante quase 42 anos, antes de ser assassinado em 2011 durante um movimento de protesto que resultou em um conflito armado.
Também na África, Omar Bongo Ondimba, que ficou à frente do Gagão em 1967, morreu depois de controlar o poder por mais de 41 anos.
Líderes veteranos que seguem governando – Com 38 anos no poder da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema detém o recorde absoluto de longevidade política de chefes de Estado no cargo, sem contar as monarquias.
Paul Biya, de 85, de Camarões, está há 35 anos no poder e poderá se apresentar para um sétimo mandato na eleição presidencial prevista para este ano.
No Congo, Denis Sassou Nguesso governa há 34 anos, enquanto o primeiro-ministro Hun Sen é o homem forte do Camboja há 33 anos, seguido pelo ugandense Yoweri Museveni (32 anos).
Omar el Beshir, que chegou ao poder no Sudão com um golpe de Estado em 1989, dirige o país há mais de 28 anos, como faz no Cazaquistão Nursultan Nazarbayev, que já estava à frente do país na época soviética como primeiro-secretário do Partido Comunista.
No Irã, o iatolá Ali Khamenei também está mais de 28 anos ocupando o cargo de Guia Supremo da República Islâmica, depois da morte do imã Khomeini, em 1989.
No Chade, Idriss Deby Itno, reeleito em 2016 para um quinto mandato, governa há 27 anos.
Já Emomali Rahmon, que tomou as rédeas do Tadjiquistão em 1992, desde a dissolução da URSS, dirige o país com mão de ferro há 25 anos.
Seu colega eritreu, Issayas Afewerki, também governa há um quarto de século, desde a independência de seu país em 1993.