Um lote de 12 mil vacinas contra o vírus influenza H1N1 enviado pelo Governo do Estado para a Prefeitura de Maricá estragou depois de ter sido mal armazenado. O material estava no Posto de Saúde Central, na Rua Clímaco Pereira, no centro do município. A notícia tem deixado muitos pais apreensivos, com medo de que os filhos sejam medicados com o produto.
Membro da Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores, Felipe Auni (PSD), disse que nesta segunda-feira — dia do início da campanha de vacinação contra a gripe — recebeu uma denúncia de que todo o lote havia estragado por estar numa geladeira com defeito.
— Na terça-feira estive no posto e conversei com alguns funcionários que disseram não saber ao certo o motivo de todo o material ter sido descartado. A geladeira estava ligada junto com outra, em um único benjamin. Pode ter acontecido um curto ou falta de energia, já que o posto estava fechado por causa do feriado semana passada — conta.
Auni disse que já enviou um ofício à prefeitura pedindo explicações sobre o motivo do medicamento ter sido mal armazenado:
— Demos um prazo de 15 dias, que pode ser estendido pelo mesmo período, para que o prefeito Washington Quaquá nos dê explicações. Caso isso não seja feito, faremos denúncia ao Ministério Público.
A dona de casa Thereza Costa, de 35 anos, mãe da pequena Maria Fernanda, de 3, disse que teme que a filha seja vacinada com o medicamento estragado.
— Uma funcionária do setor administrativo do posto informou que o estado já enviou um novo lote da vacina e que não há perigo. Mas, mesmo assim, é difícil de acreditar. Essas pessoas estão lidando com vidas e deixar estragar tudo é muito perigoso — comenta, receosa.
A vacinação, que deveria acontecer a partir do dia último dia 25, começou apenas às 13h desta quarta-feira, no Posto Central. O local é, ainda, ponto de distribuição para outras unidades médicas da cidade, que ainda não possuem a vacina.
A Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde informou que “já está disponível nova cota de vacinas para a retirada pelo município de Maricá, com o objetivo de não deixar a população da cidade sem acesso à imunização. Cabe esclarecer que o armazenamento das doses retiradas é de responsabilidade do município”.
A Prefeitura de Maricá não se pronunciou sobre o caso.