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Luciana Genro recua e aceita ser vice de Randolfe no Psol

A ex-deputada gaúcha Luciana Genro, filha do governador Tarso Genro (PT), decidiu apoiar a candidatura do senador  Randolfe Rodrigues (AP) e ficar com a a vice na chapa do Psol que disputará a sucessão da presidente Dilma Rousseff.
Derrotada na convenção por 201 votos a 186 defendendo a tese de realização de prévias, Luciana Genro publicou carta pública dizendo que aceita a vaga em virtude da necessidade de derrotar o que ela chama de “velha direita”.  As informações são do Terra.
“Neste momento, acredito, é preciso fortalecer a unidade do PSOL, o que não significa escamotear as diferenças, mas sim buscar o que nos une e aprofundar o debate político. Nossa unidade está ancorada no enfrentamento ao governo Dilma e à velha direita, e na afirmação da necessidade de construir uma alternativa pela esquerda.(…) É com este espírito que estou disposta a ser candidata a vice-presidente na chapa com o companheiro Randolfe”, declarou a ex-petista em carta oficial endereçada à militância do partido.
Impedida pela Justiça Eleitoral de concorrer a qualquer cargo público no Rio Grande do Sul em virtude de ser filha do atual governador, a militante do PSOL diz que a missão dela na chapa presidencial é “defender idéias que possam credenciar o PSOL diante do novo momento político que se abriu após as jornadas de junho”.
“Na disputa presidencial vamos dar continuidade a este enfrentamento que fazemos todos os dias, com a autoridade política de um partido que está presente em todas as lutas e que, no parlamento, está sempre apresentando propostas e denunciando os ataques aos interesses populares”, declara Luciana Genro.
A candidatura de Luciana Genro como vice de Randolfe Rodrigues acontece no momento mais delicado do PSOL desde a fundação, em 2004. A legenda está sendo acusada por diversas lideranças políticas de incitar a violência nos protestos de rua contra a Copa do Mundo, além de arrebanhar e proteger alguns “black blocs” no Rio de Janeiro.
Os membros do partido negam qualquer incitação à violência e dizem apenas querer garantir o direito constitucional de manifestação dos movimentos sociais.
“Nosso partido apoia de forma irrestrita o direito à livre manifestação e recrimina a postura repressiva do aparato estatal. Mas ao mesmo tempo, não concorda e nem participa de ações efetuadas por pequenos grupos presentes em alguns atos”, disse em nota a Executiva Nacional do PSOL sobre as acusações.
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