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Fim de carreira

Lula 3 derrete como gelo e deve ser engolido pelas urnas no próximo ano

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Autor/Imagem:
Marta Nobre - Foto de Arquivo/Ricardo Stuckert - ABr

O Palácio do Planalto enfrenta uma tempestade política que parece não dar trégua. A mais recente pesquisa Ipsos-Ipec, divulgada neste fim de semana, lança um balde de água fria na retórica otimista do governo. Os números são demolidores: 41% da população considera o governo Lula 3 “péssimo”; 55% rejeitam sua forma de administrar o país; e, talvez o mais simbólico, 58% dos brasileiros simplesmente não confiam mais no presidente da República. O desgaste é evidente.

As razões para esse naufrágio são múltiplas e interligadas. A economia patina, os combustíveis continuam caros, o poder de compra derrete e o cidadão comum sente no bolso a distância entre a propaganda oficial e a realidade da feira livre. O discurso da reconstrução, tão martelado em campanha, desmorona diante da inércia administrativa e dos escândalos que pipocam aqui e ali, sempre explicados com um encolher de ombros ou um discurso genérico sobre “herança maldita”.

O problema é que, depois de um ano e três meses de governo, a tal herança já deveria ter sido superada. O público não compra mais a tese de que a culpa de tudo é do antecessor. Se Lula quis sentar-se novamente na cadeira presidencial, era para resolver problemas, não para reclamar deles. Mas a estratégia de terceirizar culpas parece estar se esgotando. O brasileiro médio, que acorda cedo e luta para pagar as contas, quer soluções, não desculpas.

A crise de credibilidade se agrava com o distanciamento cada vez maior entre o Palácio e a base popular. O Lula que lotava praças e mercados agora é um presidente que circula entre ministros e empresários, longe do calor das ruas. Sua militância digital, outrora ruidosa, perdeu o vigor. A revolta que antes era monopólio da oposição começa a ecoar em setores que até pouco tempo defendiam o governo com unhas e dentes. A lua de mel acabou.

O cenário que se desenha é de um governo encurralado, que já não mobiliza esperanças e tampouco impõe respeito. A oposição, mesmo desorganizada, não precisa se esforçar muito: basta apontar o dedo para o desastre em curso. Enquanto isso, Lula e sua equipe tentam vender otimismo a uma plateia cada vez mais cética. Mas não adianta: os números falam mais alto que os discursos. E eles não mentem.

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Marta Nobre é Editora Executiva de Notibras

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