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Lula avalia que ódio faz povo apoiar o nome de Bolsonaro

Leonardo Augusto

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o crescente apoio a um possível adversário nas eleições presidenciais de 2018, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), nesta segunda-feira, 10, durante discurso para cerca de 1,7 mil militantes no Palácio das Artes, em Belo Horizonte.

Em seu discurso, Lula afirmou que o crescimento de apoio a Bolsonaro “é fruto do ódio” de rede de televisão. Segundo o ex-presidente, isso ocorreu porque as pessoas hoje falam pouco em democracia.

Antes da cerimônia, do outro lado da Avenida Afonso Pena, onde fica o palácio, um grupo de apoiadores de Bolsonaro fez protesto contra o ex-presidente Lula. Já na entrada do local da cerimônia, apoiadores do petista se manifestaram a favor do ex-presidente. Para evitar confronto, a Polícia Militar colocou viaturas no canteiro central da avenida.

Bolsonaro aparece em segundo lugar em recentes pesquisas de intenção de voto em 2018, tecnicamente empatado com Marina Silva (Rede) e atrás do petista.

Lula falou, ainda, sobre a acusação contra o presidente Michel Temer (PMDB). “Eles deram um golpe na nossa democracia. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. O Temer deu um golpe, agora vão dar um golpe nas barbas dele, contra ele, a turma dele”, disse o ex-presidente, que voltou a defender as eleições diretas “O que queremos é o direito do povo voltar às urnas e escolher quem vai ocupar o cargo”.

O petista reclamou, ainda, da atuação da Receita Federal no Instituto Lula. “Mas vamos passar por isso. Acham que é crime o instituto pagar um carro pra mim. E vão pra cima do Okamoto (Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula), como se tivesse dado um golpe”, disse.

Segundo Lula, em pequeno balanço dos anos em que comandou o País, disse que “poderia ter dado um passo a mais”. “Sobretudo nos meios de comunicação”, disse.

O ex-presidente esteve na capital mineira para lançamento da 2ª fase do Memorial da Democracia, que relata fatos históricos do Brasil entre a revolução de 1930 e o Golpe de 1964. O projeto é do Instituto Lula.

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