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Lula chega à terra da Lava Jato para uma longa estadia

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Lula aterrissou em Curitiba, terra da Lava Jato. Em um monomotor da Polícia Federal, o ex-presidente da República chegou ao aeroporto Afonso Pena às 22h11 deste sábado, 7. Uma sala especial na carceragem da corporação, no Paraná, esperava o petista, condenado a 12 anos e um mês de reclusão. Ele ficará isolado dos demais presos da operação que investiga desvios bilionários na Petrobrás.

Após dois dias entrincheirado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, ele saiu à pé e se entregou às 18h40, à Polícia Federal. Passou por exame de corpo de delito no serviço médico da Superintendência de São Paulo, no 10ª andar. De lá, partiu em helicóptero do governo estadual ao aeroporto de Congonhas, onde um monomotor da corporação o esperava.

Na chegada a Curitiba, confronto entre manifestantes pró-Lula e policiais terminou com oito feridos. A confusão ocorreu após duas explosões no meio do grupo de simpatizantes ao ex-presidente gerar princípio de tumulto nos portões da Polícia Federal.

“Houve uma explosão, na verdade, duas explosões, no meio dos manifestantes. Com o efeito das explosões, eles avançaram contra o portão da Polícia Federal e esta, por sua vez, repeliu”, afirmou o tenente-coronel Mário Henrique do Carmo, comandante do 20º Batalhão da Polícia Militar. De acordo com Carmo, os estouros ocorreram no momento que policiais e manifestantes negociavam área de interdição no entorno da PF.

A corporação ainda não identificou a origem as duas explosões no grupo petista, mas descartou envolvimento de manifestantes que apoiavam a Operação Lava Jato, que protestavam no mesmo local.

“Os outros manifestantes estavam a cerca de 60 metros de distância soltando fogos para cima. Isso ficou bem identificado”, disse o tenente-coronel. Segundo Carmo, imagens da PM e da imprensa serão analisadas para tentar identificar a causa das explosões.

Após os estouros, os manifestantes correram em direção aos portões da PF, que dispersou o grupo com bombas de efeito moral. A ação desencadeou um conflito entre o simpatizantes do petista e policiais federais e militares. O tumulto terminou com oito pessoas feridas, três precisaram ser hospitalizadas. No meio do confronto, um policial militar foi apedrejado na cabeça.

Segundo o tenente-coronel Carmo, a PM reagiu aos ataques com balas de borracha enquanto a PF usou bombas de efeito moral. Os manifestantes, segundo o militar, lançaram pedras contra os policiais.

Apesar do confronto, a PM nega que houve falhas no esquema de segurança no entorno da superintendência da PF. “Nós fizemos desde o início a separação dos dois movimentos [pró e contra Lula]”, explicou Carmo. “No momento em que a aeronave [que trazia Lula] se aproximou para executar o pouso, houve duas explosões e a Polícia Federal reagiu”.

A corporação negou que grupo petista tenha tentado invadir o prédio da PF e disse que nenhum manifestante passou por revista durante os protestos no local. A PM afirmou ainda que irá manter um isolamento no entorno da sede da PF. Um quarteirão à esquerda e outro à direita do prédio serão fechados para garantir o funcionamento do órgão e atendimento à população.

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