Lula dispara e joga Bolsonaro para escanteio

Uma nova pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta segunda-fera,5, mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está com a faca e o queijo na mão para disputar as eleições do próximo ano. Já o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), caso avalie disputar a reeleição, vai precisar primeiro se livrar a faca que está em seu pescoço. O levantamento mostra que o petista lidera as intenções de voto para presidente em 2022, com 41,3%; já Bolsonaro aparece com 26,6%.

Na mesma pesquisa, quando o entrevistado é estimulado a opinar mediante um cartão com nomes, Ciro Gomes (PDT) e o ex-ministro da Justiça e ex-juiz Sergio Moro aparecem empatados, com 5,9%. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), aparece com 2,1% das intenções de voto. Brancos e nulos somam 8,6%, os indecisos são 7,8%.

Em junho, a pesquisa do instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), criado por ex-profissionais do Ibope, mostrava Lula com 49% e Bolsonaro, com 23%.

Os dados foram coletados entre os dias 1º e 3 de julho por meio de 2.002 entrevistas presenciais, em 137 municípios de 25 estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança.

Na análise espontânea para Presidência da República, Lula tem 27,8% e Bolsonaro, 21,6%. Ciro aparece com 1,7% das intenções de voto, enquanto Moro e Doria ficam com 0,7%. Brancos e nulos ficam em 7,1% e indecisos somam 38,9%.

Aprovação do governo
A pesquisa feita pela CNT em parceria com o Instituto MDA também avaliou a aprovação do governo Bolsonaro. Os que possuem uma avaliação positiva do governo (ótimo ou bom) somam 27,7% – em fevereiro, eram 41,2%. Os que avaliam o governo como regular são 22,7% – em fevereiro, eram 30,2%.

Já os que possuem uma avaliação negativa (ruim ou péssimo) do governo Bolsonaro somam 48,2% – em fevereiro, eram 35,5%. Não souberam ou não responderam somam 1,4%.

Urnas eletrônicas
A pesquisa também questionou os brasileiros acerca da confiabilidade das urnas eletrônicas. Nesta segunda-feira (5), a comissão especial da Câmara dos Deputados analisa a proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre o voto impresso.

Na avaliação de 32,9% dos entrevistados, a urna eletrônica possui uma confiança elevada. Outros 30,8 confiam moderadamente no sistema eletrônico de votação. 15,8% dizem ter uma confiança baixa no dispositivo, enquanto 18,7% disseram não ter confiança.