Lula e Dilma riem do povo, andando descalços onde o urubu prefere usar botas
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Tem de repetir, como cantiga de grilo. Não é possível levar a sério essa estratégia do PT de buscar protagonismo e heroísmo em cada ação.
Quando um empreiteiro, preso por corrupção, entregou o sistema de arrecadação do partido, Dilma ralhou:
– Eu não respeito delator, até porque eu estive presa na ditadura e sei o que é. Tentaram me transformar em uma delatora.
A presidente comparou focinho de porco com tomada, apostando no pensamento amigo, cego e bovino. Espancou, mais uma vez, a inteligência alheia. Ela segue os passos e a orientação do líder inquestionável Lula. A capacidade do ex-presidente de distorcer os fatos um dia vai ser analisada pela história. Sem a paixão do momento, talvez os idiotas sejam menos idiotas.
Para justificar erros crassos na administração do País, para atropelar a Lei de Responsabilidade Fiscal, Lula vem com a história de que tudo foi feito para garantir recursos aos programas sociais e, assim, ajudar os pobres. É o governo herói.
Na verdade, tudo pode acontecer, desde que os trabalhadores do ABC paulista estejam sempre protegidos. Mesmo que isso signifique estimular o transporte individual e créditos podres para comprar carros.
Mas chega de tergiversar. Acredita nele, ou nela, quem quer, por mau-caratismo, a soldo ou com a inocência de quem sonhava com uma utopia, e não se preparou para a realidade.
No momento, alguns petistas, poucos, querem jogar o Eduardo Cunha fora da bacia. Argumentam que ele é respaldado pela oposição.
Quando ele, Cunha, abdicar dos três ministérios para os quais indicou os ministros (vocês sabem quais são) e os líderes do PT Sibá Machado e José Nobre Guimarães o condenarem com veemência como um agente corrupto, talvez haja uma luz no fim do túnel.
Dormem com os morcegos e querem acordar de cabeça em pé. Não perceberam que se transformaram em morcegos. Sanguessugas, que pretendem simular alguma dignidade no que fazem. Aonde urubus vão de bota, caminham descalços.
É triste, mas é. E querem responsabilizar a oposição. Ora, oposição é irresponsável. É oposição.
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