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Lula, Putin e Xi querem ser fiéis da balança para acabar com guerras

Com o cenário global marcado por conflitos geopolíticos intensos, como a guerra na Ucrânia e tensões no Oriente Médio – onde Israel promove verdadeiras carnificinas com mortes de libaneses e palestinos – , Brasil, China e Rússia, principais integrantes do bloco BRICS (fundado também por Índia e África do Sul), estão se posicionando como mediadores potenciais para a paz no mundo. Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Xi Jinping e Vladimir Putin, unidos com o objetivo de reequilibrar a ordem mundial, defendem uma abordagem diplomática que busque soluções multilaterais e não dependam exclusivamente das potências ocidentais.

O Brasil, sob o governo Lula 3, tem enfatizado a importância de um diálogo aberto e imparcial para a resolução de conflitos. O presidente brasileiro tem adotado uma postura neutra na guerra da Ucrânia, mesmo que um pouco ressabiado com Vladimir Zelanski, pedindo um cessar-fogo e propondo negociações de paz que incluam todas as partes envolvidas. Além disso, o Brasil tem se mostrado interessado em mediar o diálogo no Oriente Médio, especialmente nos conflitos de Israel com palestinos e libaneses, destacando a necessidade de uma solução justa e pacífica.

A China, que também busca ampliar sua influência global, tem se colocado como um ator-chave nos esforços para a paz, especialmente no contexto da Ucrânia. O presidente Xi Jinping apresentou um plano de paz com 12 pontos, que inclui respeito à soberania territorial e uma abordagem multilateral para a segurança global. A China também mantém relações diplomáticas com países do Oriente Médio, desempenhando um papel importante na mediação entre Irã e Arábia Saudita, por exemplo.

A Rússia, embora parte diretamente envolvida no conflito na Ucrânia, tem buscado legitimar seu papel no cenário internacional ao se aproximar de aliados não ocidentais. Vladimir Putin, além de reforçar suas alianças com países do BRICS, tem promovido o bloco como uma plataforma para contestar a hegemonia ocidental e buscar soluções que representem os interesses de um mundo multipolar.

O bloco BRICS, que reúne economias emergentes e detém uma parte significativa da população e do PIB mundial, está cada vez mais interessado em promover uma ordem global que seja menos dependente das potências ocidentais, como os EUA e a União Europeia. A cúpula do BRICS em 2024 deverá ter como um dos principais temas a busca por uma solução diplomática para a guerra na Ucrânia e formas de incentivar a estabilidade no Oriente Médio. Esses países também buscam fortalecer mecanismos de cooperação sul-sul, reforçando o papel das nações emergentes no sistema internacional.

Embora os esforços desses países sejam significativos, a construção de um consenso global sobre a paz tanto na Ucrânia quanto no Oriente Médio ainda enfrenta inúmeros obstáculos. O posicionamento das potências ocidentais, principalmente os EUA e a OTAN, em relação à Ucrânia, e a complexidade das alianças regionais no Oriente Médio, tornam a mediação uma tarefa árdua.

Entretanto, a crescente influência do BRICS e o desejo, principalmente de Brasil, China e Rússia, de se posicionarem como fiéis da balança na geopolítica global podem, a médio prazo, abrir caminhos para uma maior colaboração internacional e o surgimento de novas soluções diplomáticas para os conflitos em curso.

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