Lula traz do G20 abacaxis de guerras, meio ambiente e fome

Ninguém deve acreditar de olhos fechados no que diz a mídia pró-ocidente sobre a reunião do G20 que se encerra neste domingo, 10, em Nova Déli, capital da Índia. As principais economias do mundo, junto com países emergentes, discutiram de tudo um pouco, mas consenso, palavra-chave, não fez parte do vocabulário.

Os Estados Unidos e seus aliados da Otan até tentaram impor a paz russo-ucraniana. Uma missão impossível até para Tom Cruise, depois que Moscou e Pequim disseram que o mundo virou um verdadeiro barril de pólvora, numa referência aos conflitos param-e-seguem entre judeus e palestinos, da interferência estrangeira em Taiwan, do cerco a Kim Jong-Un e, agora, golpes de Estado e guerra civil em países africanos, onde franceses e britânicos insistem em resgatar a era colonialista no continente em que Rússia e China apostam todas as suas fichas.

Agendas prioritárias como meio-ambiente, fome e ampliação do Conselho de Segurança da ONU, foram referidas en passant. Lula está voltando da Cúpula com uma carga de abacaxis azedos na bagagem. É que, a partir de dezembro, e até o final de 2024, o Brasil presidirá o G20. Para analistas do cenário geopolítico mundial, o Itamaraty nunca terá tanto trabalho pela frente durante o reinado dos próximos 12 meses do petista.