Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, tem se mostrado um craque na arte da política. Sua disposição para conversar e construir relações político-partidárias que, pelo menos no papel, se anunciavam impossíveis, já o elevam ao patamar de um dos protagonistas do núcleo central do enredo eleitoral de 2022. Ao convidar Datena para engrossar as fileiras do PDT, para ser vice de Ciro, governador de São Paulo ou até mesmo senador, Lupi mira na fusão DEM e PSL, sendo esta última sigla a que atualmente abriga o comunicador do Brasil Urgente. Com tratativas avançadas com ACM Neto e Mendonça Filho, ambos do DEM, assim como com Luciano Bivar (PSL), Lupi tem minado as chances de Jair Bolsonaro contar as duas siglas separadas ou unidas pela fusão. No DF, quem já começa a sentir passar o efeito da picada da “mosca azul” é o ministro da Justiça Anderson Torres, já que “seu” PSL dá sinais de que se distancia do caminho bolsonarista a cada dia que passa.