Substantivo feminino que significa o ato ou efeito de segurar, segurança também pode ser sinônimo de confiança, garantia, firmeza, estabilidade e certeza. De acordo com o artigo 144 da Constituição Federal, a segurança pública é um dever do Estado, constituindo um direito e responsabilidade de todos. Em suma, semanticamente é um processo exercido para preservar a ordem pública e o bem-estar das pessoas e do patrimônio. Na prática, deveriam ser questões básicas a manutenção da ordem, o combate à violência e a proteção do cidadão. Deveriam. No Distrito Federal, o que se tem visto é justamente o contrário.
Em algumas situações e localidades, os agentes de segurança, particularmente os vinculados à Polícia Militar, incentivam a violência, desrespeitam o contribuinte e ainda esculacham, agridem e tiram vidas de inocentes. Tudo em nome da lei. A deles, é claro. Sob os olhares e as canetas complacentes do governador, do secretário de Segurança, do comandante e do corregedor da Corporação, a polícia local parece ter resolvido fazer justiça com as próprias mãos. O covarde e violento desrespeito atinge idosos, mulheres, crianças e cidadãos algemados. Enquanto isso, os “colegas” marginais agem impunemente em frente, ao lado ou nas redondezas dos quartéis e dos palácios, locais preferidos para a tropa encostar a viatura e as motos e tirar longos cochilos.
Escancaradamente, os machões armados da PMDF só atacam pessoas corretas, desarmadas e indefesas. Mesmo ganhando o maior salário do país, entrar nas bocas e nas comunidades consideradas mais perigosas não é problema deles. Que morram os moradores. Felizmente, o grupo bandido da PM brasiliense é restrito e reflete o despreparo superior, notadamente o do comandante supremo, o governador. Para a maioria do povo, esses PMs agressores e foras da lei não são apenas maus policiais. São marginais travestidos de homens da lei. E tudo, conforme os comandantes de batalhões, dentro das normas de abordagem. Será? Então, realmente estamos entregues à própria sorte. A violência da PM virou moda no DF.
Nesse caso, até um pedido de informação deve ser considerado desacato. A resposta pode ser uma porrada ou um “tiro” de arma elétrica. Como o governador, o secretário, o comandante, o corregedor e os chefes imediatos fazem vista grossa, não há outra coisa a se pensar. Ou eles têm medo da banda podre da PMDF ou são coniventes e contra a população que paga impostos e o salários desses malfeitores fardados que envergonham o povo e deveriam envergonhar a Corporação. Em algumas regiões do DF, os roubos e assaltos cresceram acima de 100%. E não são casos isolados. Falta segurança e sobra violência contra os indefesos. No entanto, a PM se limita às notas frias para explicar o inexplicável. Lembro que o concurso público não dá ao PM o direito de espancar e matar inocentes.