O presidente da Argentina, Mauricio Macri, disse nesta quinta-feira (29) que as acusações contra o príncipe saudita Mohammed bin Salman de crimes de guerra e tortura podem ser discutidas durante a cúpula do G20, que começa na sexta-feira.
“Em relação ao príncipe herdeiro, que está participando desta cúpula, a Arábia Saudita é um membro permanente do G20. E, como tal, ele está participando. Essa questão, que impactou o mundo, está sobre a mesa e pode vir à tona em reuniões bilaterais ou não, ou na agenda do G20”, disse Macri.
Macri falou em uma conferência de imprensa conjunta com o presidente francês, Emmanuel Macron, que disse que o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi é “muito sério”.
A Human Rights Watch pediu à Argentina na segunda-feira para que o país usasse uma cláusula constitucional sobre crimes de guerra e investigasse o suposto envolvimento do príncipe em possíveis crimes contra a humanidade no Iêmen, onde a Arábia Saudita realiza campanha militar, e na morte do jornalista saudita Khashoggi.
A Arábia Saudita diz que o príncipe, o governante de fato do reino, não tinha conhecimento prévio sobre o assassinato de Khashoggi no consulado saudita em Istambul em outubro.