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Vizinho do mal

Maduro acusa Milei de usar manuais repressivos dos EUA e Israel

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Autor/Imagem:
Ariana Cubillos/Via Pátria Latina - Foto Reprodução

O presidente venezuelano Nicolás Maduro acusou o seu homólogo argentino, Javier Milei, de copiar os manuais repressivos do regime israelita e dos Estados Unidos para reprimir o povo argentino. “Estão (as novas autoridades argentinas) importando a doutrina para submeter os argentinos a pacotes neoliberais para entregar a soberania dos países e silenciar a voz do povo como está acontecendo hoje na Argentina”.

Em declarações feitas durante a celebração do 14º aniversário da criação da Polícia Nacional Bolivariana, Maduro também garantiu que a doutrina de segurança da Venezuela é digna de exportação.

Na verdade, garantiu que a Venezuela tem uma doutrina policial própria e não copia os manuais que lhe são ditados por Washington. “Não somos uma colônia, nunca mais, subordinados ao império nunca mais. Rebeldes e independentes para sempre, temos que ser livres, soberanos, independentes, verdadeiros rebeldes, uma nova polícia bolivariana, revolucionária e profundamente chavista”, acrescentou.

Maduro atacou Milei taxando-o de neonazista que se ajoelha ao imperialismo. As palavras do chefe de Estado venezuelano surgem no momento em que a Argentina promete uma linha dura contra os protestos antigovernamentais.

Agentes da Polícia Argentina reprimiram dezenas de pessoas que protestavam na cidade de Córdoba em repúdio ao pacote neoliberal anunciado por Milei que vai contra os direitos trabalhistas.

Milei emitiu um Decreto de Necessidade e Urgência que inclui a privatização de empresas públicas, a redução de verbas rescisórias e a restrição do direito à greve.

Em resposta às políticas de cortes de gastos públicos e austeridade de Milei, algumas associações e sindicatos argentinos anunciaram na semana passada que convocariam uma greve e realizariam manifestações na próxima semana.

O apelo destas associações fez com que o porta-voz do Governo argentino, Manuel Adorni, alertasse que iria impor “severas sanções” contra os manifestantes que bloqueiem o trânsito.

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