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Maduro copia Putin para tentar fazer da Guiana a nova Criméia

O plebiscito deste domingo, 3, na Venezuela, deve aprovar com folga a ideia de Nicolás Maduro de anexar grande parte do território da Guiana rica em petróleo e gás.  Maduro se inspira em Vladimir Putin para avançar contra o pequeno vizinho, que tem por trás grandes potências, como os Estados Unidos, França e Inglaterra. Caracas acredita poder contar nessa empreitada com auxílio de Moscou e Pequim.

Nos últimos anos, diante de ameaças de Washington, Maduro investiu em suas forças armadas, gastando bilhões de dólares em armamentos russos e chineses, a exemplo de caças Sukhoi Su-30MK2V, helicópteros Mil Mi-17, baterias de misseis S-300, carros de combate T-72, mísseis terra-ar e aviões de transporte Shaanxi Y-8. Mal comparando, a Venezuela (quando se trata de equipamento bélico) é Israel, e a Guiana, a Faixa de Gaza.

Aqui pelos lados do Brasil, há preocupação com o cenário conflitante. “A América do Sul não está precisando agora de confusão. Espero que o bom senso prevaleça, do lado da Venezuela e do lado da Guiana”, disse Lula em Dubai, pouco antes de embarcar com destino a Berlim, capital da Alemanha, onde fica até segunda-feira, 4.

O presidente brasileiro não quer ver bombas explodindo em nossa fronteira Norte. Por isso, mandou emissários aos dois vizinhos. Maduro, porém, parece estar irredutível. E se o povo venezuelano disser ‘sim’ à anexação, ele não pensará duas vezes para mandar invadir a Guiana e tomar o que, diz ele, pertence à Venezuela. Algo do tipo Rússia com Criméia e região do Donbass, que se arrasta em uma guerra com a Ucrânia há quase dois anos.

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