Os venezuelanos já consideram parte do seu território cerca de 60% das terras da Guiana. Isso ficou demonstrado no referendo realizado no domingo, 3, para anexar uma vasta região rica em petróleo, gás e minérios. O litígio entre os dois países remonta há mais de 180 anos. Na semana passada, a Corte de Haia desclassificou a anunciada votação popular promovida por Nicolás Maduro. Mas, para Caracas, o Tribunal Internacional de Justiça não tem jurisdição sobre o país, com Maduro afirmando que a Venezuela é soberana para tomar decisões próprias.
Não se sabe qual será o próximo passo para concretizar a anexação do território de Essequibo. Mohamed Irfaan Ali, presidente da Guiana, diz não estar preocupado com o resultado do referendo. “Não há nada a temer nas próximas horas, dias e meses”, afirmou na madrugada desta segunda, 4. Nicolás Maduro, contudo, pensa diferente. E as forças armadas bolivarianas estão de prontidão para, nas palavras dos seus governantes, tomar o que é seu por direito. Analistas internacionais advertem que qualquer passo em falso poderá explodir um barril de pólvora.