O presidente venezuelano Nicolás Maduro mandou um recado curto e grosso a Luiz Ináio Lula da Silva: ninguém vetará ou silenciará a Venezuela. A mensagem veio a propósito da posição do Brasil no Brics (grupo fundado junto com Rússia, China, Índia e África do Sul) contra o ingresso do país vizionho na orgnização que já reúne mais de 30 países.
De volta de Kazan, na Rússia, onde participou como convidado da Cúpula do Brics (Lula esteve ausente, como consequência do acidente caseiro na véspera da abertura do evento) Nicolás Maduro afirmou que “não há força nesta terra que silencie a voz da rebelião e da justiça na Venezuela, nem hoje, nem amanhã, nem nunca”.
Embora sem citar o nome do presidente brasileiro, o líder venezuelano enfatizou que “ninguém vetará ou silenciará a Venezuela e quem quer que seja. Se você (supostamente Lula) tentar, vai secar.”
No dia 24 de outubro, o governo venezuelano considerou a decisão do Brasil de vetar a entrada de seu país no grupo Brics como uma “agressão” e um “gesto hostil”.
Maduro afirmou ter mantido reuniões em Kazan com mais de 39 países, que expressaram as suas felicitações pela vitória eleitoral de 28 de julho. Ele frisou que “cumprimos uma tarefa de forma impecável, ao levar ao mundo a verdade da Venezuela com a sua força moral, bolivariana e revolucionária”.
Em Kazan, Maduro manteve reuniões com os seus homólogos da Rússia, Bielorrússia, Palestina, Etiópia, China, África do Sul, Irã, Bolívia e Turquia. “O ódio, a exclusão e a intolerância promovidos pelos centros de poder ocidentais não vão nos impedir de compor o Sul Global”, concluiu.