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Direitos humanos

Maduro prende e mundo cobra liberdade para Javier Tarazona

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Autor/Imagem:
Pontes de Miranda Neto II - Foto/Reprodução

Organizações de defesa dos direitos humanos de todo o mundo estão cobrando de Nicolás Maduro a imediata libertação de Javier Tarazona, diretor da ONG  FundaRedes, preso desde o dia 2 de julho após acusar o governo venezuelano de acobertar grupos dissidentes das extintas Farc, que atuavam na Colômbia. Dois outros ativistas, presos junto com Tarazona, já saíram da prisão, mas são obrigados a se apresentar à Justiça a cada oito dias.

A prisão dos ativistas aconteceu logo depois de denunciarem ao Ministério Público que estavam sendo seguidos por autoridades do serviço de inteligência da Venezuela. Segundo informações divulgadas pela Fundaredes no Twitter, homens armados e não identificados estavam esperando por Tarazona na porta do hotel em que estava hospedado.

Javier Tarazona, professor universitário, é ativista de direitos humanos e coordena a ONG Fundaredes, uma das organizações mais ativas na documentação de denúncias de abusos relacionadas a grupos armados em zonas de fronteira ao longo de todo o território da Venezuela.

Para o constitucionalista Juan Carlos Apitz, os dirigentes da FundaRedes foram detidos por motivos políticos. O governo de Nicolás Maduro acusa Tarazona de atos terroristas, o que é negado por representantes de diferentes organizações da sociedade civil. O professor, segundo juristas, vive uma condição de prisioneiro de consciência. Aliados da ONG enfatizam que, ao contrário o que afirmam as autoridades da Venezuela, a FundaRedes não atua, com seu trabalho, viando a tomada do poder.

Segundo especialistas no assunto, “prisioneiro de consciência”, pode ser entendido “quando qualquer pessoa está impedida ou ameaçada de expressar sua opinião”. A expressão surgiu do movimento criado pelo advogado inglês Peter Benenson e por um pequeno grupo de escritores, acadêmicos e advogados, que trabalhavam para identificar prisioneiros de consciência em todo o mundo. No início de 1962, a campanha recebeu apoio público suficiente para se tornar uma organização permanente, sendo rebatizada de Anistia Internacional.

Por outro lado, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, vê com preocupação a intensificação dos ataques e represálias sofridos pelos defensores dos direitos humanos em todo o Continente latino-americano. Os temores aumentaram após a prisão de Tarazona. A partir dai, ONGs de todo o mundo, com o aval da Anistia Internacional, cobram dos governantes eficazes para aumentar a compreensão social do papel desempenhado por ativistas na construção de sociedades mais igualitárias e na consolidação da democracia e do estado de direito.

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