No que depender de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, não haverá, ao menos enquanto durar o estado de emergência para o combate à pandemia do novo coronavírus, um processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
O deputado disse nesta segunda, 27, que o Congresso não será instrumento de turbulências e crise política, o que poderia trazer mais incertezas e dar “contornos ainda mais graves” à crise da pandemia da Covid-19.
Pela Constituição, cabe a Rodrigo Maia, como presidente da Câmara, aceitar e iniciar, por meio de uma comissão especial, pedidos de impeachment contra o presidente da República.
Ao ser questionado sobre os pedidos de impeachment apresentados nos últimos dias contra o presidente, o deputado defendeu que o momento exige “paciência” e garantiu que a Câmara manterá seu foco no debate e votações de propostas de enfrentamento da crise.
Maia comentou ainda as recentes demissões dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e da Justiça Sergio Moro, afirmando que as mudanças nas pastas durante a pandemia geram insegurança, assim como eventual desembarque do ministro da Economia, Paulo Guedes, teria impacto negativo.