A abertura do processo de impeachment de Jair Bolsonaro pode acontecer quando menos se espera. Essa sinalização é do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. “O momento está conturbado, há uma crise de pandemia, mas não podemos ficar de braços cruzados permanentemente”, disse, numa referência aos mais de 30 processos que foram protocolados na Mesa da Câmara.
O ideal, segundo Maia, é que o Brasil não passe novamente por um processo de impeachment do presidente da República. Porém, observou, “é óbvio que essas ameaças do presidente Jair Bolsonaro, que tem participado de atos considerados antidemocráticos preocupam a todos nós. E é isso que faz com que todos nós estejamos discutindo, neste momento, o fortalecimento da democracia”.
Maia avisou que “no momento adequado” vai definir sobre os pedidos de impeachment”, disse Maia. Ele advertiu que a defesa do fechamento de instituições que constituem os pilares da democracia, como pregam grupos bolsonaristas, é uma violência que deve ser combatida como qualquer tipo de violência.
“Defender fechamento de instituições é vandalismo”, disse o deputado. “Propor fechamento do Congresso, do STF é violência; jogar pedra, também”, frisou, referindo-se ao confronto entre participantes de atos pró e contra o governo Bolsonaro e de manifestantes com a polícia no fim de semana passado.
Sobre esse embate, Maia disse que não sabe qual grupo (pró ou contra o governo) “estimulou, atiçou o outro”. “Mas o fato é que confrontos em atos públicos radicalizam o ambiente, o que é ruim para nossa democracia”, afirmou.