Na vida, há pessoas que são como estrelas cadentes, cruzam o nosso caminho e deixam rastros de luz, mesmo sem se darem conta disso. Juliano Costa Couto, meu professor nos tempos de faculdade, foi uma dessas pessoas.
Lembro-me do primeiro dia de aula, na faculdade de Direito, quando Juliano desafiou a turma com uma pergunta simples, mas transcendente: “O que todos aqui desejam?”.
A turma tentou endereçar a pergunta com respostas previsíveis do tipo “ser advogado”, “ser servidor público”, “concluir a faculdade”.
Mas o Professor não ficou satisfeito. Então, com um sábio sorriso nos lábios, revelou a resposta: “Todos aqui querem ser felizes. Nunca se esqueçam disso; nunca percam de vista o propósito de vida de vocês”.
Na sala de aula, Juliano tinha uma forma muito didática de transmitir os conteúdos técnicos dos velhos manuais, mas o seu propósito não se restringia a moldar mentes eruditas. Por isso, foi um grande professor para mim e, certamente, para muitos outros jovens, justamente porque nele habitava o desígnio de forjar seres humanos, pessoas íntegras e capazes de trilhar os caminhos da vida com sabedoria.
Hoje, Juliano se transformou na própria estrela, e continuará a iluminar de onde estiver, pois ele deixou como legado o conhecimento que se traduz em luz, eterna em sua essência.