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Mais Médicos atrai 10 mil candidatos para 1 mil vagas

Aline Leal

Mais de 10,5 mil profissionais se inscreveram para concorrer a cerca de 1,2 mil vagas do Mais Médicos. Entre as vagas ofertadas nesta etapa, 708 estão ocupadas por médicos cubanos e as demais referem-se a reposições de rotina do programa para substituir profissionais que deixaram os postos. O edital foi lançado em novembro de 2016.

O resultado das inscrições validadas deve sair no dia 9 de janeiro e a seleção das localidades de preferência dos médicos ocorrerá nos dias 10 e 11.

A substituição dos profissionais cubanos por brasileiros é uma prioridade do ministro Ricardo Barros desde que assumiu a pasta, em maio de 2016. A procura de profissionais com registro profissional no Brasil pelo Mais Médicos começou a aumentar ainda na gestão do ex-ministro Artur Chioro, que tornou os editais do programa mais atraentes para os brasileiros.

Desde o lançamento do programa, em 2013, uma das principais críticas das entidades médicas era a contratação de profissionais estrangeiros sem a necessidade da revalidação do diploma.

Vindos por um acordo entre Cuba e Brasil, intermediado pela Organização Pan-Americana da Saúde, os profissionais cubanos ocuparam a maior parte das vagas em cidades fora dos grandes centros e periferias, onde os brasileiros não se dispuseram a trabalhar.

Apesar de o programa sempre ter priorizado a contratação de brasileiros, até 2014 o interesse destes profissionais pelo Mais Médicos era muito baixo. Dos cerca de 15 mil médicos do programa, 11,4 mil são cubanos. A meta do governo é substituir 4 mil deles por brasileiros nos próprios três anos.

Os profissionais inscritos nesta etapa, são, em geral, recém-formados graduados nos últimos cinco anos (86,2%), têm entre 26 e 30 anos (44,4%). A maioria dos inscritos é mulher (54%).

As inscrições ainda vão passar por processo de validação. Os profissionais com inscrição validada poderão então escolher quatro cidades de preferência entre as disponíveis no edital e serão alocados de acordo com critérios de classificação, como detenção de título de especialista e experiência na área de Saúde da Família.

Agência Brasil

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