Uma jovem de 17 anos foi estuprada e queimada viva no estado de Jharkhand, no oeste da Índia, no segundo caso ocorrido na região nos últimos dias, informou à Agência Efe Shailendra Prasad Barnwal, superintendente da Polícia.
Segundo ele, o crime aconteceu no sábado, no distrito de Pakur, onde a adolescente está internada, com 65% do corpo queimado. O caso, no entanto, só foi revelado hoje. De acordo com Barnwal, a Polícia prendeu de forma preventiva o suposto autor do crime.
Na sexta-feira passada, outra menina sofreu violência sexual e depois foi queimada viva no distrito de Chatra. A jovem havia denunciando o estupro ao conselho local e o grupo determinou uma multa aos envolvidos. Em represália, os criminosos a atacaram e atearam fogo nela, que não resistiu.
O inspetor geral da Polícia de Jharkhand, Sambhu Thakur, indicou à Efe que eles estão aguardando os resultados da autópsia para confirmar o que de fato ocorreu. Ao todo, 15 pessoas envolvidas no caso foram detidas.
No final de abril, o governo indiano aprovou um endurecimento das penas contra estupradores, incluindo a possibilidade de condenado à morte dos culpados de estuprar menores de 12 anos, após sequestro, tortura, violação e assassinato de uma menina de 8 anos.
De acordo com dados da Agência Nacional de Registo de Crimes na Índia (NCRB), o número de delitos contra meninas dobrou entre 2013 e 2016, passando de 58.224 para 106.958. Em 2016, o país registrou 38.947 estupros, sendo que em quase 20 mil casos as vítimas eram menores de idade
A Índia já tinha deixado a legislação contra crimes sexuais mais rígida em 2012, depois o estupro coletivo de uma jovem que morreu após semanas internada, em outro caso que comoveu o país.